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Pressão por voto útil abala chances de acordos de segundo turno

Ofensiva petista sobre eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) por vitória em primeiro turno amplia racha nos partidos

Christina Lemos|Do R7

A 13 dias da votação, polarização entre Lula e Bolsonaro estimula voto útil e isola demais concorrentes.
A 13 dias da votação, polarização entre Lula e Bolsonaro estimula voto útil e isola demais concorrentes. A 13 dias da votação, polarização entre Lula e Bolsonaro estimula voto útil e isola demais concorrentes.

Após causar forte reação do adversário do PDT, Ciro Gomes, que respondeu com ofensas públicas contra o concorrente, a campanha do petista Lula da Silva agora investe também sobre os votos de Simone Tebet, do MDB. O movimento político, além de irritar adversários, aprofunda o racha nos partidos. Emedebistas estão historicamente divididos entre os que apoiam o petista, principalmente no nordeste, e os que pretenderiam, num segundo turno, seguir com Jair Bolsonaro.

A tendência dos partidos de centro é liberar o voto em um eventual segundo turno, permitindo que os diretórios estaduais ajam de acordo com a conveniência de alianças regionais. Este é o cenário que os petistas desejariam antecipar e que tem sido recebido como verdadeiro "ato de sabotagem" contra os adversários. Ciro Gomes aparece com 7% das intenções de voto e Simone Tebet, com 5%, de acordo com levantamento da FSB-Pactual divulgado na manhã desta segunda. 

O esforço da campanha petista é por encerrar a disputa eleitoral no primeiro turno. A avaliação é que estender a campanha, pautada pela polarização, por mais 30 dias, será “desgastante e arriscado”. O cálculo leva em conta a condição física do candidato e a dificuldade até para o corpo-a-corpo com eleitores, por razões de segurança.

Faltando menos de duas semanas para a ida às urnas e mantida a polarização entre Lula e Bolsonaro, intensificam-se as articulações para a segunda etapa da disputa, inclusive com a promessa de um futuro "governo de coalizão". O aceno busca atrair votos de centro-direita, para além do arco da aliança de 10 partidos que compõem a coligação. O MDB é alvo preferencial desta estratégia, que não descarta apoios até no PSDB, prestes a perder o comando de São Paulo, após 28 anos. 

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O mesmo aceno será feito à ala do PDT que tem visto no discurso de Ciro contra Lula um efeito colateral: empurrar parte do eleitorado para o voto em Bolsonaro. Os pedetistas estão sendo alertados de que partido e candidato podem sair menores da eleição. E que a possibilidade de governar lado a lado com os petistas está sobre a mesa, até como chance de sobrevivência política. 

A sondagem da FSB-Pactual indica que, sem os demais concorrentes na disputa, se o segundo turno fosse hoje, o petista teria 52% dos votos contra 39% de Bolsonaro. Atesta também que é distante a perspectiva de fim da disputa em primeiro turno, uma vez que o petista contaria hoje com 47% dos votos válidos.

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