Menino de cinco anos, desaparecido havia seis dias, foi encontrado morto em tonel na laje da família
Arquivo Pessoal/Rede RecordMicheli Moreira, mãe de Kayke Bruno Moreira, de cinco anos, encontrado morto dentro de um tonel na laje da família na comunidade Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio, disse que pensou em tirar a própria vida após o corpo da criança ser encontrado no domingo (6). Kayke, que faria seis anos no próximo dia 24, véspera de Natal, e era filho do coreógrafo da Beija-Flor de Nilópolis, estava desaparecido desde o dia 30 de novembro após pular o muro de sua casa para brincar na rua.
— Em alguns momentos, eu até pensei em me matar, é muito ruim viver sem um filho. Mas, por outro lado, eu ainda tenho mais dois que ainda precisam de mim.
O tonel estava na laje da família. O padrinho de Kayke, Ronaldo Passos, descarta acidente porque o tonel estava por fora.
A família da criança dizia acreditar que ele teria se perdido, já que haviam se mudado havia menos de um mês para a comunidade. Quando a mãe saía para trabalhar, Kayke ficava com a bisavó. Na última quinta-feira (3), a família chegou a fazer uma carreata na região para tentar localizar o menino.
O corpo foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) para passar por exame de corpo de delito. A família já reconheceu o corpo.
A Polícia Civil informou que a DH (Divisão de Homicídios da Capital) abriu um inquérito para investigar as circunstâncias da morte de Kayke. Familiares foram ouvidos na especializada e perícia foi realizada no local onde o corpo foi encontrado. Agentes realizam operações em busca de testemunhas e informações que ajudem nas investigações.
Sem ajuda da polícia
Segundo a família, desde o desaparecimento eles fizeram buscas por conta própria, sem apoio da Polícia Militar, que não teria ajudado a procurar a criança. Eles também afirmaram que, após o corpo ser encontrado, policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da comunidade se recusaram a ir até o local. Agentes da DH subiram a comunidade sem reforço de colegas da PM.
— Se tivesse um pouco mais de respeito, eles teriam encontrado meu filho, porque, pelo que eu vi, meu filho não saiu em nenhum momento daquela comunidade, e eles não fizeram nada.