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Foi salvar uma vida e deu a dele, diz irmã de catador morto pelo Exército

Luciano Macedo foi assassinado com tiros disparados por militares do Exército Brasileiro, no dia 7 de abril, em Guadalupe, no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro|Plínio Aguiar, do R7

Na foto, Lucimara, irmã de Luciano, morto pelo Exército Brasileiro
Na foto, Lucimara, irmã de Luciano, morto pelo Exército Brasileiro Na foto, Lucimara, irmã de Luciano, morto pelo Exército Brasileiro

"O que me conforta é isso. Ele foi salvar uma vida e deu a dele", afirmou Lucimara, irmã do catador de materiais recicláveis Luciano Macedo, assassinado com tiros disparados por militares do Exército Brasileiro, no dia 7 de abril, em Guadalupe, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a vítima tentava ajudar a família de Evaldo Rosa, músico que teve seu carro alvejado 80 vezes pelos mesmos militares.

Em entrevista coletiva à imprensa, Lucimara estava extremamente abalada, mas segura do que ocorreu com seu irmão. “Ele foi salvar uma vida e deu a dele”.

Leia mais: Catador morto após ação do Exército sonhava em ver o filho

Luciano Macedo catava pedaços de madeira para construir um barraco onde viveria com a mulher e o filho. Segundo o presidente da ONG Rio de Paz Antônio Costa, a confirmação da morte de Macedo na manhã desta quinta-feira (18) deixou a família muito abalada. “A esposa dele não consegue comer. Ela ainda não se alimentou hoje e está grávida de cinco meses”, falou.

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Costa diz que Daiana Horrara, viúva de Macedo, ainda guarda imagens do dia em que o marido foi atingido. Ela relatou ao representante da ONG que a morte dele foi como se tivessem “quebrado os braços e as pernas dela”.

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“Ela diz que ele fazia tudo por ela e que o sonho dele era ver o rosto da criança. Eles estavam pegando madeira para construir um barraco fora da comunidade para morarem”, disse Costa.

Prisão

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A juíza Federal da Justiça Militar Mariana Queiroz Aquino Campos, da 1ª Auditoria Militar do Rio de Janeiro, decretou, na quarta-feira (10), a prisão preventiva (sem prazo estipulado) de nove dos dez militares presos acusados de terem atirado contra o carro do músico.

Em nota, o CML (Comando Militar do Leste) afirmou que o pronunciamento sobre as próximas etapas do processo cabem "exclusivamente à Justiça Militar da União".

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