O MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) instaurou inquérito para apurar o vazamento que deixou três praias e uma lagoa impróprias para banho em Arraial do Cabo, na região dos lagos fluminense.
Os promotores solicitaram esclarecimentos da Prolagos, concessionária responsável pelo serviço de saneamento básico em Arraial do Cabo, e da prefeitura do município.
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A Guarda Ambiental Marítima orienta banhistas a evitar o mergulho na Prainha, praia dos Anjos, praia do Forno e Lagos de Monte Alto. As Prainhas do Pontal do Atalaia, conhecido como "caribe brasileiro", também foram afetadas.
Na segunda-feira (28), a Prolagos coletou amostras na Prainha e praia dos Anjos para avaliar se a água está contaminada. O material está sendo analisado por um laboratório credenciado pelo Inea (Instituto Estadual de Meio Ambiente). O resultado deve sair em 20 dias.
Rompimento de tubulação
De acordo com a administração municipal, a chuva torrencial que caiu sobre a cidade na última sexta-feira (25) provocou o rompimento de uma tubulação da rede de águas pluviais na Prainha. A prefeitura informou ainda que, na praia dos Anjos, foi aberto um valão para escoar o volume de água da chuva. Contudo, segundo o Executivo do município, a água escoada estaria poluída uma vez que a tubulação recebe esgoto clandestino.
“Teoricamente, as galerias pluviais deveriam receber só água de chuva. Só que a gente percebe que mesmo em épocas em que não chove, fica descendo água por essas galerias, o que indica contaminação de esgoto. É o caso das cidades que ainda não têm a questão da segregação do esgoto completamente sanada”, explicou, em entrevista à Record TV, o oceanógrafo David Zee.
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A Prolagos, por sua vez, argumenta que não houve problemas nas redes de abastecimento de água, nem nos cinturões de esgoto sob sua administração.
No dia do vazamento, a cidade estava cheia de turistas. Além da alta temporada, durante as férias de verão, Arraial do Cabo recebia visitantes paulistas que aproveitavam o feriado prolongado do aniversário de São Paulo para conhecer o litoral fluminense.
Comércio e turismo da cidade vêm sendo afetados desde então. “Sentimos uma queda no movimento na cidade em relação aos ônibus que vêm fazer passeios de barco. Mas, até agora, a rede hoteleira ainda não se manifestou sobre baixas”, contou o secretário de turismo do município, Olavo Carvalho. Segundo ele, a expectativa é que as praias sejam liberadas para banho ainda esta semana.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa