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Perícia conclui que jovem morta foi envenenada; polícia vai pedir prisão preventiva de madrasta

Documento se baseou em análises de exames e prontuários do período em que Fernanda Cabral ficou internada em hospital

Rio de Janeiro|Do R7, com Joyce Carvalho e Monique Pires, da Record TV Rio

Fernanda Cabral morreu em março depois de 13 dias internada
Fernanda Cabral morreu em março depois de 13 dias internada

O IML (Instituto Médico-Legal) concluiu, após análises, que Fernanda Cabral, de 22 anos, morreu envenenada. A madrasta dela, Cintia Mariano, está presa temporariamente sob suspeita de ter dado chumbinho à jovem e ao irmão dela, Bruno Cabral, de 16 anos, que sobreviveu.

Segundo documento obtido pela Record TV Rio, o laudo toxicológico feito no cadáver de Fernanda foi inconclusivo, devido ao estágio de decomposição do corpo – ela morreu em março deste ano.

A perita Gabriela Graça Suares Pinto, que assinou o laudo, realizou uma análise de todos os exames e prontuários médicos do período em que a estudante ficou internada no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste do Rio. Com isso, concluiu que a jovem foi envenenada.

O prontuário médico de Fernanda já sugeria que ela havia sido vítima de intoxicação exógena produzida por algum inibidor fundamental para a propagação do impulso nervoso.


Flávio Rodrigues, delegado titular da 33ª DP (Realengo), disse que o caso deve ser concluído até o fim desta semana e que vai pedir a prisão preventiva de Cintia Mariano, além de encaminhar o processo ao Ministério Público para que ela seja denunciada.

Cintia deve responder por homicídio qualificado no caso de Fernanda e por tentativa de homicídio qualificado contra Bruno.


Nesta semana, um novo laudo da Polícia Civil também encontrou “evidências” de pesticida no material gástrico de Bruno. Segundo o documento, assinado por Aline Pereira, “o material analisado apresenta evidências da presença dos compostos carbofurano e terbufós, assim como seus compostos de degradação”.

No mês passado, outro laudo assinado pela perita apontou a presença de grânulos que podem sugerir a ingestão de chumbinho, apesar de a substância tóxica não ter sido encontrada no corpo do jovem.

O documento ressaltou que, apesar da presença dos grânulos, de coloração azul-escura e preta, o resultado negativo é possível por fatores diversos, entre eles intervenções hospitalares, como a lavagem gástrica.

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