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Acusação quer que mãe suspeita da morte das filhas passe a vida na cadeia: “Ela foi cruel”

Promotor Rogério Zagallo descarta que Mary Knorr possa defender a tese de ser vítima

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Giovanna (à esquerda) e Paola foram encontradas mortas na casa onde moravam, no dia 14 de setembro
Giovanna (à esquerda) e Paola foram encontradas mortas na casa onde moravam, no dia 14 de setembro Giovanna (à esquerda) e Paola foram encontradas mortas na casa onde moravam, no dia 14 de setembro

No que depender do promotor Rogério Leão Zagallo, do 5º Tribunal do Júri, Mary Vieira Knorr, de 53 anos, deve passar o resto da vida presa. O representante do Ministério Público responsável pela acusação da mulher suspeita de matar as duas filhas disse, em entrevista ao Portal R7, que pedirá a pena máxima contra ela. Isso significa uma condenação de 60 anos de prisão.

Assim como o delegado Gilmar Contrera, titular do 14º Distrito Policial, responsável pelas investigações, Zagallo não tem dúvidas de que Mary Knorr, que se passava por corretora de imóveis (embora não tenha registro no conselho da categoria), foi a autora dos dois assassinatos. 

— Quanto a isso, não há dúvida. Foi ela, ela matou as filhas. A única dúvida que tenho hoje, e que talvez não terei daqui a uma semana, é a causa da morte. Ainda que ela diga que também é vítima, as circunstâncias do caso concreto me levam a crer que ela queria matar e efetivamente matou as duas filhas.

Mary é apontada como a responsável pelas mortes das filhas, Paola Knorr Victorazzo, de 13 anos, e Giovanna Knorr Victorazzo, de 14. Os corpos foram encontrados no dia 14 de setembro na casa da família, no Butantã, zona oeste de São Paulo.

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Segundo a denúncia apresentada por Zagallo, Mary Knorr matou as duas filhas “valendo de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa das vítimas”, o que “gerou edema pulmonar, quer seja a elas ministrando veneno, quer seja impedindo que as pequenas ofendidas respirassem”. A falta de compaixão apontada pela Promotoria aparece nos agravantes – praticados contra descendente e com a prevalência das relações domésticas.

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— Pela forma cruel, cruelíssima, vou buscar uma pena bem próxima do máximo, senão o máximo, a cada um dos dois homicídios (...). O que ela não pode alegar é que é uma vítima nesse caso, que alguém entrou na casa e quis matá-la também. Isso está totalmente descartado.

A juíza Lizandra Maria Lapenna já está de posse da denúncia feita pelo promotor e deve definir se a aceita ou não nos próximos dias. Para a acusação, é “impossível” que Mary Knorr não seja denunciada formalmente pelos crimes, o que a faria passar de suspeita para acusada formal.

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Ela está presa preventivamente, mas foi transferida nesta quarta-feira (2) para o Centro de Atenção Integrada em Saúde Mental Philippe Pinel, em Pirituba, na zona norte da capital, onde segue sendo tratada.

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