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Promotor pede pena de mais de 30 anos à mãe suspeita de matar filhas em SP

Rogério Zagallo aponta “meio cruel” de Mary Knorr contra as vítimas, Paola e Giovanna

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Paola Knorr Victorazzo foi uma das vítimas da própria mãe, diz MP
Paola Knorr Victorazzo foi uma das vítimas da própria mãe, diz MP Paola Knorr Victorazzo foi uma das vítimas da própria mãe, diz MP

O promotor Rogério Leão Zagallo, do 5º Tribunal do Júri, ofereceu nesta quarta-feira (2) denúncia contra Mary Vieira Knorr, de 53 anos, apontada pela polícia como a responsável pelas mortes das duas filhas, Paola Knorr Victorazzo, de 13 anos, e Giovanna Knorr Victorazzo, de 14, no mês passado. A pena por homicídio qualificado, sugerida na denúncia do Ministério Público, pode passar de 30 anos de prisão, levando em conta o número de vítimas e os agravantes citados pela Promotoria.

Segundo a denúncia apresentada por Zagallo – que substitui a promotora Mildred de Assis Gonzales, que estava à frente do caso e está de licença médica –, Mary Knorr matou as duas filhas “valendo de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa das vítimas”, o que “gerou edema pulmonar, quer seja a elas ministrando veneno, quer seja impedindo que as pequenas ofendidas respirassem”.

Contam como agravantes contra a mãe das vítimas o fato dos dois crimes “terem sido praticados contra descendente e com a prevalência das relações domésticas”, já que Mary vivia com as filhas na mesma casa, na qual ela foi encontrada no dia 14 de setembro, depois da polícia ter sido acionada. A polícia suspeita que Paola e Giovanna já estavam mortas há pelo menos dois dias, já que os corpos apresentavam sinais de decomposição.

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A juíza Lizandra Maria Lapenna já está de posse da denúncia feita pelo promotor e deverá decidir nos próximos dias se aceita ou não os argumentos da acusação. A notícia acontece no mesmo dia em que Mary Knorr foi transferida do HU (Hospital Universitário) da USP, onde estava internada desde o dia dos crimes, para o Centro de Atenção Integrada em Saúde Mental Philippe Pinel, em Pirituba, na zona norte da capital.

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Laudos complementares que foram solicitados pelo delegado Gilmar Contrera, titular do 14º Distrito Policial, responsável pelas investigações, ainda não ficaram prontos e serão anexados ao processo tão logo fiquem prontos, o que deve acontecer nos próximos dias. Com eles será possível precisar a causa das mortes e o dia em que as vítimas foram assassinadas.

O caso

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As adolescentes Paola Knorr Victorazzo e Giovanna Knorr Victorazzo foram achadas mortas na tarde do dia 14 de setembro, após um chamado feito ao Corpo de Bombeiros a respeito de um suposto vazamento de gás na casa da família, no Butantã, na zona oeste da capital. Quando PMs arrombaram a porta da casa, encontraram a suspeita deitada em um sofá, dizendo que as meninas estavam mortas.

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Os corpos das adolescentes, já em estado de decomposição, estavam em um quarto, cada uma em um beliche. A polícia ainda aguarda a conclusão dos laudos para saber o que causou as mortes e quando elas aconteceram. O cachorro da família também havia sido morto, com um saco plástico na cabeça, e havia indícios de que o gás da casa tivesse sido aberto.

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