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Bairros de SP têm falta de água, mas Sabesp nega racionamento

Sistema Cantareira tem mais um dia de queda no volume de água armazenada

São Paulo|, com R7

Reservatório na região de Joanópolis mostra a estiagem no Cantareira
Reservatório na região de Joanópolis mostra a estiagem no Cantareira Reservatório na região de Joanópolis mostra a estiagem no Cantareira

Após relatos de falta d’e água em diversos bairros da zona norte de São Paulo, a zona oeste também começou a registrar interrupções no abastecimento.

Moradores e comerciantes da Lapa relatam problemas no fornecimento há cerca de três semanas. A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), no entanto, nega a ocorrência de racionamento ou rodízio de água.

"Desde o último sábado, estamos com o abastecimento reduzido: apenas uma hora pela manhã e uma hora no fim da tarde. Estou tendo de driblar as caixas para manter os apartamentos com água", afirma Luís Henrique Oseliero, síndico de um conjunto de duas torres residenciais na rua George Smith, em que vivem cerca de mil pessoas.

No entanto, o trabalho do síndico não foi suficiente para manter todos os apartamentos abastecidos na manhã de ontem.

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— Um morador me ligou reclamando que não havia mais água e que ele teria de sair sem escovar os dentes. Mas já ligamos várias vezes para a Sabesp, e eles continuam dizendo que não há racionamento.

Nas quadras próximas ao condomínio, estabelecimentos comerciais enfrentam o mesmo problema. Em um bar da rua 12 de Outubro, o abastecimento tem sido interrompido por volta das 18h, de três a quatro vezes por semana, segundo o gerente.

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"Até as 23h, ficamos com a água armazenada da caixa d’'água. Depois, volta durante a madrugada", diz Paulo Sérgio de Maria.

Ele afirma não ter procurado a Sabesp para saber o que acontece por acreditar que se trata de racionamento.

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— A gente sabe que é isso. E, como não chegou a faltar água na torneira ainda, não liguei. Mas as moças que trabalham nas lojas aqui perto estão reclamando muito.

Em uma padaria na rua Clemente Álvares, o problema começou na semana retrasada. Segundo um dos proprietários do estabelecimento, que prefere não se identificar, o abastecimento costumava ser interrompido à noite, mas na terça-feira (13) faltou água durante o dia.

— Quando falta durante o dia, ‘me quebra as pernas’. O que todo mundo está falando é que não tem mais água na Lapa, mesmo.

Morador do Butantã, também na zona oeste, ele contou ainda que a Sabesp tem interrompido o fornecimento na sua casa diariamente, da 0h às 4h.

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A companhia diz que, "por causa de manobras técnicas operacionais para a transferência de vazões dos Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para atendimento de alguns bairros, atualmente abastecidos pelo Sistema Cantareira, podem ocorrer eventuais momentos de desabastecimento, especialmente nos pontos altos".

Previsão

A Sabesp afirma que, com o uso do volume morto, a partir desta quinta-feira (15), somado à previsão de que haverá até setembro, período da seca, o mínimo de chuvas dos últimos 80 anos, será possível chegar até outubro, início do período de chuvas, sem a necessidade de decretar o racionamento de água na cidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta-feira (15), o Sistema Cantareira registrou sua 25ª queda consecutiva e chegou a 8,2% da capacidade. No mesmo período do ano passado, o nível registrado era de 60,9%.

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