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Caso Pesseghini: falta de laudos e perfil psicológico devem levar à prorrogação para fim de inquérito

Trabalhos podem avançar por pelo menos mais uma semana antes de conclusão final

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Marcelo Pesseghini é o principal suspeito da morte dos pais em SP
Marcelo Pesseghini é o principal suspeito da morte dos pais em SP

A conclusão do inquérito policial que investiga a morte de um casal de policiais militares e outras três pessoas em uma casa na Brasilândia, zona norte de São Paulo, no último dia 5 de agosto, deve ganhar uma prorrogação de pelo menos mais 15 dias. A informação é da SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo). A ausência de laudos, documentos e do perfil psicológico de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos – principal suspeito da chacina –, seriam os motivos.

Na semana passada, o delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazek, declarou em coletiva na sede da SSP, no centro da capital, que “não havia indicativos” que apontassem a necessidade de uma prorrogação do prazo final para conclusão do caso. Contudo, embora tenha recebido os laudos da cena do crime e dos corpos, ainda faltam outros relativos ao caso, cujo prazo de entrega é tido para esta semana.

Outros documentos importantes que ainda não estão em posse dos policiais do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), responsáveis pela investigação do caso, dizem respeito ao sigilo telefônico dos telefones celulares de Marcelo Pesseghini, da mãe dele, a cabo da Polícia Militar Andréia Bovo Pesseghini, e do pai, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luiz Marcelo Pesseghini. Até o momento, as respectivas operadoras não enviaram a documentação solicitada pela polícia.

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Ainda resta a conclusão do estudo com o perfil psicológico de Marcelo Pesseghini, que já está sendo feito pelo psiquiatra forense Guido Palomba, convidado pelo delegado Itagiba Franco para a tarefa. Em contato com o R7, Palomba disse que “é impossível” que ele conclua o trabalho nesta semana.


— Na semana que vem não saberia te falar (se terá concluído) porque não sei como vão desenvolver os trabalhos. Mas confirmo que recebi os documentos, estou trabalhando e essa semana não vai dar para entregar. Acho que vou chegar a um resultado satisfatório, não há dúvida. Mas por enquanto não falo nem sob tortura porque eu posso voltar atrás amanhã, então deixa eu garimpar direitinho os dados clínicos. Vamos com calma.

Entretanto, Palomba já disse anteriormente não ter dúvidas da autoria da chacina ser do jovem de 13 anos, mas falta o motivo. É o mesmo ponto que ainda intriga os policiais, conforme o delegado-geral Blazek comentou.


— Nós estamos aguardando a prova dos laudos para corroborar tudo aquilo que está sendo investigado. Depois da análise desses laudos nós avaliaremos a necessidade de se elementos de complementação através de diligências ou ouvir oitiva de testemunhas.

Em quatro semanas de investigações, 48 pessoas foram ouvidas. De acordo com a assessoria da SSP, não há nenhum depoimento marcado para os próximos dias, mas novas oitivas não estão descartadas.

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