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Caso Pesseghini: no Dia de Finados, flores são deixadas na porta de casa onde aconteceu chacina

Grupo organizado em rede social continua não acreditando que adolescente matou a família

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Muitas flores foram deixadas em frente à casa dos Pesseghini, palco de tragédia há três meses na zona norte de SP
Muitas flores foram deixadas em frente à casa dos Pesseghini, palco de tragédia há três meses na zona norte de SP

Cerca de 90 vasos com crisântemos coloridos foram colocados neste sábado (2) em frente a casa da família Pesseghini, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo, em razão do Dia de Finados. Esta é a terceira homenagem realizada por integrantes de uma página no Facebook criada para defender Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, apontado pela polícia como suspeito da morte dos pais, da avó e da tia-avó. O adolescente, de 13 anos, também foi encontrado morto no imóvel.

Quando a chacina completou um mês, em 5 de setembro, flores foram deixadas no portão do imóvel, cobrindo a calçada. O mesmo aconteceu exatos dois meses depois das mortes. Na ocasião, a escolha foi por crisântemos brancos para lembrar o Dia das Crianças, comemorado em outubro.

De acordo com uma das organizadoras da iniciativa, que preferiu não se identificar, a homenagem deste sábado também é uma forma de questionar a autoria do crime. O grupo contesta a versão do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que coloca o garoto como o suposto autor dos assassinatos.

Entenda o caso da família morta na Vila Brasilândia


Marcelo foi encontrado morto junto com a família. Ao lado dele, estavam os corpos da mãe, a cabo da Polícia Militar Andréia Bovo Pesseghini, e do pai, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luiz Marcelo Pesseghini.

Em outro imóvel no mesmo terreno, estavam os corpos da avó do adolescente, Benedita Oliveira Bovo, e da tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, que não morava lá, mas tinha ido dormir com a irmã. Segundo a investigação, o menino teria matado os parentes, ido até a escola, assistido à aula e se suicidado.


A versão da polícia tem recebido contestações desde o início das apurações. Na internet, páginas foram criadas para discutir o caso e abaixo-assinados em defesa do adolescente pedem a intervenção da Polícia Federal.

O inquérito ainda não está com o Ministério Público. Um novo pedido de prorrogação das investigações por mais 30 dias foi feito sob o argumento de que a conclusão dos trabalhos depende de um complemento aos dados referente à quebra do sigilo telefônico dos celulares encontrados na casa. O promotor Luiz Fernando Bugiga Rebellato deu parecer favorável à solicitação.


O laudo produzido, a pedido da polícia, pelo psiquiatra forense Guido Palomba já foi reunido ao inquérito. Segundo Palomba, o que fez o menino de 13 anos matar a família toda e se suicidar é conhecido na medicina psiquiátrica como encefalopatia encapsulada ou sistematizada, doença causada por falta de oxigenação do cérebro.

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