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Dois meses após caso Pesseghini, grupo ainda questiona autoria do crime: "que a verdade seja dita"

Flores foram deixadas na frente da casa da família por grupo que defende inocência de Marcelo

São Paulo|Ana Cláudia Barros e Thiago de Araújo, do R7


Homenagem marca a data de dois meses da tragédia na casa da família Pesseghini, na zona norte de São Paulo
Homenagem marca a data de dois meses da tragédia na casa da família Pesseghini, na zona norte de São Paulo

Passados dois meses da chacina ocorrida na casa da família Pesseghini na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo, flores foram colocadas na calçada na frente da casa onde ocorreu a tragédia, que vitimou cinco pessoas da mesma família. A iniciativa foi de integrantes de uma página no Facebook criada para defender Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, apontado pela polícia como suspeito da morte dos pais, da avó e da tia-avó.

Uma floricultura foi contratada e deixou na manhã de sábado (5) os cerca de 110 vasos de crisântemo no portão, cobrindo a calçada. Uma pessoa envolvida na homenagem, que preferiu não se identificar à reportagem do R7, explicou que a escolha por flores brancas foi em razão do mês de outubro, quando é comemorado o Dia das Crianças. Da primeira vez que houve uma homenagem como esta, em 5 de setembro, flores de várias cores foram deixadas em frente ao imóvel.

Flores brancas foram escolhidas em razão do mês das crianças
Flores brancas foram escolhidas em razão do mês das crianças

Os organizadores também colocaram faixas sobre o portão, questionando a polícia sobre quem de fato teria matado a família Pesseghini. Uma delas pedia justiça e clamava: "Que a verdade seja dita". A frase é a mesma que foi pichada na casa em ocasião anterior.

Entenda o caso da família morta na Vila Brasilândia


Os idealizadores da homenagem não acreditam na versão do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), a qual coloca o estudante de 13 anos como suspeito de ser o autor da chacina. Marcelo foi encontrado morto junto com a família no dia 5 de agosto.

Ao lado dele, estavam os corpos da mãe, a cabo da Polícia Militar Andréia Bovo Pesseghini, e do pai, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luiz Marcelo Pesseghini.


Em outro imóvel no mesmo terreno, estavam os corpos da avó do adolescente, Benedita Oliveira Bovo, e da tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, que não morava lá, mas tinha ido dormir com a irmã. Segundo a investigação, o menino teria matado a família, ido até a escola, assistido à aula e se suicidado.

A versão da polícia tem recebido contestações desde o início das investigações. Na internet, páginas foram criadas para discutir o caso e abaixo-assinados em defesa do adolescente pedem a intervenção da Polícia Federal na apuração.


Falta de sigilo telefônico “emperra” fim de inquérito

Na semana passada, em entrevista ao R7, o delegado Itagiba Vieira Franco, do DHPP, reafirmou que ainda não recebeu os dados das quebras de sigilos telefônicos dos celulares encontrados na casa da família Pesseghini. De acordo com ele, a autorização para que seja concedido acesso já foi dada pela Justiça, mas as operadoras responsáveis ainda não enviaram os dados para que possam ser analisados.

Franco explicou que os sigilos são importantes para que a polícia saiba com quem os Pesseghini e, principalmente Marcelo, conversaram ao telefone nas horas que antecederam a chacina. Além de pôr fim a qualquer possibilidade de envolvimento de mais pessoas no crime, os investigadores querem, com esses dados telefônicos, traçar uma linha cronológica dos fatos mais precisa, associada aos laudos periciais já colhidos e divulgados pela polícia.

O laudo psiquiátrico produzido pelo profissional forense Guido Palomba já foi reunido ao inquérito, no qual a autoria de Marcelo Pesseghini é confirmada. Segundo Palomba, o que fez o menino de 13 anos matar a família toda e se suicidar é conhecido na medicina psiquiátrica como encefalopatia encapsulada ou sistematizada, doença causada por falta de oxigenação do cérebro.

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