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Caso Pesseghini: quatro meses após chacina, grupo faz homenagem em cemitério 

Iniciativa partiu de integrantes de página no Facebook; mortes ainda são investigadas

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Esta foi a quarta homenagem feita às vítimas por grupo que defende inocência de Marcelo Pesseghini
Esta foi a quarta homenagem feita às vítimas por grupo que defende inocência de Marcelo Pesseghini

A chacina da família Pesseghini completa quatro meses nesta quinta-feira (5). Para lembrar a data, integrantes de uma página no Facebook criada para defender o adolescente Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini depositaram flores nos túmulos onde os corpos de quatro das cinco vítimas foram sepultados. O garoto, de 13 anos, é apontado pela polícia como suspeito de matar os pais, a avó e a tia-avó. O adolescente também foi encontrado morto.

A homenagem no Cemitério Parque das Palmeiras, em Rio Claro, a 173 km de São Paulo, foi a quarta promovida pelo grupo, que articula as ações pela internet. A iniciativa é uma forma de cobrar justiça.

No Dia de Finados, cerca de 90 vasos com crisântemos coloridos foram colocados em frente à casa da família, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo, onde o crime aconteceu. Quando a chacina completou um mês, em 5 de setembro, flores foram deixadas no portão do imóvel, cobrindo a calçada. O mesmo aconteceu exatos dois meses após as mortes.

Entenda o caso da família morta na Vila Brasilândia


Desta vez, foram usadas rosas, crisântemos e girassóis. Junto com as flores, faixas com dizeres: “Sua inocência será provada” [referindo-se ao adolescente], “Queremos justiça”, "Família Bovo Pesseghini, saudade eterna" e "Eterna saudade Marcelinho".

O caso


Marcelo foi encontrado morto junto com a família. Ao lado dele, estavam os corpos da mãe, a cabo da Polícia Militar Andréia Bovo Pesseghini, e do pai, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luiz Marcelo Pesseghini.

Em outro imóvel no mesmo terreno, estavam os corpos da avó do adolescente, Benedita Oliveira Bovo, e da tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, que não morava lá, mas tinha ido dormir com a irmã. Segundo a investigação, o menino teria atirado nos parentes com a arma da mãe, ido até a escola, assistido à aula e se suicidado.


A versão da polícia tem recebido contestações desde o início das apurações. Na internet, páginas foram criadas para discutir o caso e abaixo-assinados em defesa do adolescente pedem a intervenção da Polícia Federal.

O inquérito ainda não está com o Ministério Público. Um novo pedido de prorrogação das investigações foi feito sob o argumento de que a conclusão dos trabalhos depende de um complemento aos dados referente à quebra do sigilo telefônico dos celulares encontrados na casa.

O laudo produzido, a pedido da polícia, pelo psiquiatra forense Guido Palomba já foi reunido ao inquérito. Segundo Palomba, o que fez o menino de 13 anos matar a família toda e se suicidar é conhecido na medicina psiquiátrica como encefalopatia encapsulada ou sistematizada, doença causada por falta de oxigenação do cérebro.

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