William Volpe vai ficar preso por 30 dias e alega que foi um "lamentável acidente"
Reprodução Record TVWilliam Volpe, que é suspeito de atropelar e matar Kaique Pietro Ferreira da Silva, de 4 anos, foi preso temporariamente por 30 dias, enquanto o inquérito é concluído pela polícia. Ele estava ao volante quando invadiu a calçada de uma borracharia no Campo Grande, na zona sul, e atingiu a criança, além de ferir gravemente Emanuelly Ferreira Barbosa, de 4 anos. As informações são da Record TV.
Ele já havia se apresentado à polícia e prestado depoimento na última sexta-feira (17), mas foi liberado porque ainda não havia uma decisão da Justiça sobre o pedido de prisão temporária. Agora ele ficará na carceragem do 2º DP (Bom Retiro).
Segundo o delegado da Vila Joaniza, Pedro Luiz de Souza, o suspeito "nega que tenha ingerido bebida alcoólica e diz que foi um acidente". Foi requisitado exame toxicológico por descobrir se o jovem de 26 anos estava sob efeito de drogas no dia do acidente.
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O pai de Kaique, Eraldo Sebastião da Silva, esteve na delegacia assim como familiares do menino, que estavam vestidos com camisetas com a foto da criança. Ele afirmou que "a família espera que ele fique preso muito tempo e pague pelo que fez. Ele não só tirou a vida do meu pequeno, mas de todo mundo. Kaique tinha uma vida inteira pela frente".
Emanuelly permanece internada no hospital e o estado de saúde da menina é estável.
O caso
Kaique Pietro Ferreira da Silva, de 4 anos, morreu e Emanuelly Ferreira, de 3 anos, ficou gravemente ferida após serem atropelados por um carro na rua Zike Tuma, altura do número 926, no bairro de Campo Grande, zona sul de São Paulo às 1h23 desta segunda-feira (13).
O pai de Kaique é dono de uma borracharia e a família estava em uma festa organizada no estabelecimento. O motorista invadiu a calçada com o carro modelo Volkswagen Gol prata e atropelou três pessoas.
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Kaique não resistiu e morreu na hora. Emanuelly e Josilayne Ferreira Lima, de 25 anos, foram atendidas e encaminhadas ao Hospital Pedreira. A criança foi internada em estado grave. Já a mulher, que é tia de Kaique, não teve ferimentos.
Desde o início do caso, a família de Kaique afirmou saber quem era o atropelador, que fugiu sem prestar socorro às vítimas por ele ser morador da região. Segundo a polícia, William não tem carteira de habilitação e já tem passagens por roubo e porte ilegal de arma. Ele também não poderia estar na rua no horário porque responde pelos crimes em liberdade e, segundo o acordo judicial, deveria estar em casa após às 22 horas.