“Nós tínhamos personalidades bem diferentes”, diz Gil Rugai sobre pai em interrogatório
Acusado ainda falou sobre o relacionamento que tinha com a madrasta
São Paulo|Vanessa Beltrão, do R7
Durante o seu interrogatório que começou na tarde desta quinta-feira (21) Gil Rugai falou ao júri sobre a relação que tinha com o pai, o publicitário Luiz Carlos Rugai, vítima do crime. Questionado pelo juiz se ele teria desentendimentos com a vítima, o réu afirmou que eles tiveram discussões algumas vezes, mas nada sério.
— Nós tínhamos personalidades bem diferentes.
Sempre se referindo ao publicitário como “papai”, Gil Rugai ainda afirmou que já discutiu com Luiz Carlos sobre trabalho, mas nunca em relação a dinheiro.
Sobre a madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, também vítima do crime, o acusado disse que se dava bem com a mulher, mas que não era muito íntimo. Ao chamar Alessandra diversas vezes de "Lelê" durante as respostas, Rugai foi repreendido pelo juiz para que usasse o nome inteiro da vítima, para não confundir as pessoas no júri.
"Não fui eu"
Ainda no interrogatório, o réu negou que tenha cometido o crime. Ao ser questionado se teria motivos para matar o pai ou a madrasta, Gil Rugai afirmou que não.
— Não fui eu. Agora quem foi, eu não sei.
Ele afirmou ainda que sempre assinou cheques em nome do pai, a pedido dele, copiando a assinatura.
— Sempre que precisava da assinatura dele, eu copiava quando ele estava ausente. Pedia para eu assinar quando estava fora.
Depoimentos
Três pessoas prestaram depoimento nesta quinta-feira. A mais importante testemunha foi Rudi Otto, ex-sócio do réu. Ele afirmou que desconfiou de que Rugai estava envolvido nos assassinatos.
A segunda testemunha a prestar depoimento foi Fabrício Silva dos Santos. Ele foi o terceiro vigia a ser ouvido. Em seu depoimento, Santos afirmou que não viu nada no dia do crime e que ouviu "três barulhos".