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Nove anos após crime, começa interrogatório de Gil Rugai

Segundo a defesa, ele irá responder a todas as perguntas

São Paulo|Do R7

Após quatro dias de julgamento, Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta a tiros em 2004, começou a ser interrogado às 15h46 desta quinta-feira (21), quarto dia do julgamento. O réu será a quarta pessoa a falar no júri hoje e, segundo a defesa, ele irá responder a todas as perguntas.

Três pessoas prestaram depoimento nesta quinta-feira. A mais importante testemunha foi Rudi Otto, ex-sócio do réu. A testemunha afirmou que desconfiou de que Rugai estava envolvido nos assassinatos.

A segunda testemunha a prestar depoimento foi Fabrício Silva dos Santos. Ele foi terceiro vigia a prestar depoimento. Em seu depoimento, Santos afirmou que não viu nada no dia do crime e que ouviu "três barulhos".

Relembre o caso


O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.


O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

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Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontraram no quarto do rapaz um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e está sendo julgado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e por estelionato, em razão do desfalque dado na produtora do pai.

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