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Pela terceira vez, Justiça nega liberdade ao padrasto do menino Joaquim

Considerado “violento”, Guilherme Longo deve aguardar preso o andamento do processo

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Guilherme Longo deve seguir respondendo o processo na prisão
Guilherme Longo deve seguir respondendo o processo na prisão Guilherme Longo deve seguir respondendo o processo na prisão

A Justiça de São Paulo negou, pela terceira vez, o pedido de habeas corpus para o técnico em informática Guilherme Raymo Longo, de 28 anos, um dos dois réus acusados pela morte do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, encontrado morto no dia 10 de novembro do ano passado, no rio Pardo, em Barretos, no interior de São Paulo.

O desembargador Péricles Piza, da 1ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), analisou o pedido de liberdade feito pelo advogado de Longo, Antônio Carlos de Oliveira, mas considerou que a soltura do réu – que responde por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver – seria um “inconveniente”.

— Algumas informações constantes dos autos indicam sérias possibilidades de que, em liberdade, (o réu) possa representar um inconveniente à investigação criminal (...). No mesmo sentido, o relatório final, apresentado pela autoridade policial, aponta que "o indiciado apresenta sinais de um psicopata, agindo sempre com manipulação e chantagem, mentiras e ausência de remorso ou culpa".

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Ainda de acordo com o magistrado em sua decisão, há provas de autoria contra o padrasto de Joaquim, que é conhecido por ser “violento, ciumento, frio e possessivo”. Sendo assim, se concedida à liberdade a Longo, ele poderia atrapalhar o andamento do processo, cuja denúncia do Ministério Público foi aceita no começo desta semana pela Justiça.

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A reportagem do R7 tentou falar com o advogado de Longo, mas ele não atendeu às ligações. Nesta semana, Oliveira afirmou que, além do habeas corpus, ele solicitaria o trancamento do processo pelo que chamou de “falta de provas”, o que, na opinião do defensor, deveria resultar no fim do processo criminal contra o padrasto de Joaquim. Entretanto, o desembargador cita o exame necroscópico e provas testemunhais para definir a “materialidade delitiva”.

Anteriormente, o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, responsável pelo caso, afirmou que considerava difícil a chance de Longo deixar a prisão, o que significa que ele deve aguardar o julgamento atrás das grades da Penitenciária 2, em Tremembé, no interior do Estado.

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— Não acredito que a Justiça conceda liberdade para ele, sendo alguém que já tem um histórico de violência, praticou um crime brutal e é usuário de drogas. A problemática dele é muito maior.

A mãe de Joaquim, a psicóloga Natália Mingoni Ponte, de 29 anos, recebeu o benefício de deixar a prisão na última sexta-feira (10), em decisão do mesmo desembargador que negou liberdade a Longo. Ela também responde pelo homicídio do filho e por omissão, conforme denúncia do Ministério Público.

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