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Abuso no consumo de álcool é maior entre jovens ricos

Pesquisa realizada pela Unifesp conseguiu identificar perfil de jovens 

Saúde|Do R7

Bebida alcóolica
Bebida alcóolica Catherine Yeulet/Getty Images/iStockphoto

Ao analisar os milhares de questionários respondidos por estudantes brasileiros, os pesquisadores da Unifesp )(Universidade Federal de São Paulo) conseguiram identificar o perfil de jovem mais propício ao consumo nocivo de bebidas alcoólicas. “Ele é um menino rico, que estuda em escola privada e tem baixa percepção de punição; ou seja, os pais geralmente não fazem nada com o jovem quando ele bebe”, diz a pesquisadora Zila Sanchez.

No caso de Leandro, estudante do 1.º ano do ensino médio de uma escola de elite de São Paulo, a punição pelo seu pileque só não ocorreu porque os pais não ficaram sabendo o que aconteceu. “Nesse último fim de semana, estava na casa de um amigo e estávamos brincando com um jogo de tabuleiro, em que quem perdia tinha de beber vodka com refrigerante. Foi assim que fiquei bêbado”, conta Leandro. Segundo o jovem, seus pais “bebem pouco”.

Essa situação ilustra outro dado para o qual a professora da Unifesp chama atenção. “Mesmo aquele jovem que tem pais que não enchem a cara, se tiver experimentado a bebida precocemente de alguma outra forma, tende a adquirir o hábito da bebida”, afirma Zila.

Em seis anos, consumo de álcool cresce 20%


Alguns pais apostam em orientar as crianças desde cedo. “Quando saio com amigos e levo o meu filho de 4 anos, explico que cerveja é para adultos. E ele não questiona. Prefere tomar o suquinho dele”, diz a cineasta Carolina Pedrosa, de 29 anos.

Bares


A psicóloga Ilana Pinsky, vice-presidente da Abead (Associação Brasileira de Estudo de Álcool e Drogas)recomenda, no entanto, que os pais prefiram não levar seus filhos a bares, especialmente os mais movimentados. “Levar menores de idade à bares na Vila Madalena, em São Paulo, por exemplo, não dá. São locais inadequados para as crianças”, diz Ilana.

Provar álcool antes dos 12 anos de idade aumenta risco de abuso


O educador audiovisual Marcos Amorim, pai de três filhos menores de 12 anos — um deles de 9 anos de idade —, é mais radical, tentando eliminar o hábito de consumir socialmente o álcool. “Resolvi dar uma segurada na bebida. Hoje me considero praticamente um abstêmio. Estou fazendo isso pelos meus filhos”, afirma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Davi Lira

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