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Cientistas espanhóis reduzem células-tronco adultas a estado embrionário

Saúde|Do R7

Madri, 11 set (EFE).- Uma equipe de cientistas do Centro Nacional de investigações Oncológicas da Espanha (CNIO) afirma ter conseguido fazer com que células adultas de um organismo vivo retrocedam ao seu estado de desenvolvimento evolutivo e recuperem características próprias das células-tronco embrionárias. A equipe da CNIO considera esta descoberta o primeiro passo para a cura de doenças como o Alzheimer, Parkinson ou diabetes. A pesquisa, cujas conclusões foram publicadas na revista "Nature", permitiu reproduzir em ratos uma técnica já aplicada "in vitro" pelo cientista japonês Shinya Yamanaka, que conseguiu graças a esses avanços o prêmio Nobel de Medicina no ano passado. A equipe é liderada por Manuel Serrano, diretor do Programa de Oncologia Molecular do CNIO e conseguiu que essas células-tronco embrionárias tivessem características de células "totipotentes", um estado primitivo nunca antes conseguido em laboratório. As células-tronco embrionárias, destacou o CNIO, são a principal aposta para o futuro da medicina regenerativa, e as únicas capazes de gerar qualquer tipo de celula que forma um organismo adulto, e por isso constituem o primeiro passo para a cura do Alzheimer, Parkinson e diabetes. Em declarações à Agência Efe, Manuel Serrano disse que esta pesquisa permite descrever que as células reprogramadas no interior de um organismo vivo têm propriedades "extraordinárias" que as aproximam às células "totipotentes" no sentido que seriam capazes de produzir placenta. Só estas células "totipotentes", explicou, são capazes de originar um embrião completo (o feto e os tecidos de suporte extraembrionarios como a placenta), mas "ainda não se sabe como cultivá-las nem como as gerar". Os cientistas sabem que as as células pluripotentes podem ser cultivadas e geradas em laboratório, mas Serrano disse que, apenar de serem capazes de produzir o feto completo, não produzem tecidos de suporte como a placenta. O CNIO também detalhou que o desafio dos pesquisadores espanhóis foi reproduzir o experimento de Shinya Yamanaka em um ser vivo e que para isso escolheram ao rato como organismo modelo. EFE rc-msr/jt/id

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