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Conheça a APP, doença que causou a morte de Alicinha Cavalcanti 

Promotora de eventos desenvolveu doença genética, que afeta a expressão e compreensão da fala e das palavras no paciente

Saúde|Do R7

Desde 2016 Alicinha Cavalcanti começou a se isolar e deixar a vida social
Desde 2016 Alicinha Cavalcanti começou a se isolar e deixar a vida social

Aos 58 anos, a promotora de eventos Alicinha Cavalcanti morreu, na última segunda-feira (3), em consequência da APP (afasia progressiva primária). Uma doença neurodegenerativa, com origens genéticas e considerada rara, uma vez que acomete quatro a cada 100 mil pessoas.

A jornalista e apresentadora Marília Gabriela era amiga de Alicinha e informou que ela lutava há muito tempo contra a APP. Em 2016, começou a recusar convites para festas e se afastar da badalada noite carioca, onde ela era rainha.

De acordo com o neurologista, Danilo Vilela, os primeiros sintomas da doença aparecem na faixa dos 65 anos e começa com dificuldade na fala. "A APP acomete o cérebro, pincipalmente na região fronto temporal [lobos frontais e temporais]. É doença neurodegenerativa, com tendência de piora progressiva ao longo do tempo. O paciente começa a ter dificuldade de expressão e compreensão na fala e nas palavras. Com o passar do tempo, a fala do paciente se torna mais lenta, com pausas mais prolongadas e o paciente vai tendo mais dificuldade em nomear objetos e pessoas", explica o médico.

Não existe um tratamento específico para curar a enfermidade, somente cuidados de reabilitação. "Não existe um tratamento específico para a doença, a partir do diagnóstico, na maioria dos casos, o que é utilizado são medidas de reabilitação fonoaudiológicas, psicológicas e fisioterápicas. Não existe um tratamento específico para essa doença", lamenta Vilela.


Alicinha era uma das principais promotoras de festas do país e responsável por convidar celebridades para eventos sociais, principalmente, do Rio de Janeiro. Ela tinha uma vida bem agitada. Essas podem ser as causas que a tiraram da vida social.

Segundo o médico, "as situações de estresse e ansiedade podem dificultar ainda mais a forma de a pessoa se expressar, o que piora os sintomas da doença."

As consequências da APP são as responsáveis pela morte de pacientes. O avanço da doença pode impedir a alimentação, a movimentação e, com o tempo, a pessoa perde autonomia. O óbito, geralmente, está relacionado a complicações relacionadas ao estado global do paciente ou a infecções, de acordo com o neurologista.

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