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Diagnóstico precoce é o principal desafio no combate ao linfoma

SUS garante a cobertura completa do tratamento da doença

Saúde|Da Agência Brasil

O diagnóstico precoce continua sendo o maior desafio do Brasil na luta contra o linfoma. No Dia Internacional de Conscientização sobre Linfomas, neste domingo (15), especialistas do setor elogiaram os avanços nas políticas públicas, mas alertaram que falta infraestrutura na saúde pública e privada para garantir que o linfoma seja detectado mais cedo e tratado com rapidez.

A presidenta da Associação Brasileira de Linfomas e Leucemia (Abrale), Merula Steagall, elogiou a Lei 12.732, em vigor desde maio, que estabelece prazo máximo de 60 dias para que pessoas com câncer iniciem o tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Entretanto, ela alerta que para a lei ser cumprida é fundamental investir em equipamentos e pessoal nas unidades de Saúde.

— As pessoas acabam demorando muito para ter o diagnóstico, muitas vezes por causa do sistema, pois a solicitação de exames demora muito”, disse. Esse prazo ainda está demorando cerca de seis meses, o que é tempo demais para esse tipo de câncer. 

Outro problema levantado por pela presidenta da Abrale é o diagnóstico equivocado do subtipo do linfoma que são mais de 80, segundo ela.

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— Ainda há muita confusão e o paciente acaba tendo tratamento para um tipo de linfoma que não é o seu.

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O diretor de Especialidades da SBP (Sociedade Brasileira de Patologia), Marco Antonio Dias Filho, explicou que poucos patologistas, responsáveis por diagnósticos de linfoma, que têm hoje à disposição ferramentas necessárias para detectar.

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— Muitos centros de diagnósticos não desenvolvem métodos imunohistoquímicos ou de patologia molecular, com soros específicos, que são o principal método de diagnóstico de linfoma.

A técnica imunohistoquímica compreende procedimentos que usam anticorpos como reagentes específicos que definem se o linfoma é de Hodgkin ou não Hodgkin e, entre os não Hodgkin, se são de células B ou T, além de cada subtipo de linfoma.

O SUS garante a cobertura completa do tratamento de linfomas, que conta a partir da confirmação do diagnóstico. Os pacientes podem passar por cirurgia ou iniciar sessões de quimioterapia ou radioterapia, conforme a indicação de cada caso. Entretanto, para o diretor da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular), Carlos Chiattone, atualizar os protocolos dos tratamentos é fundamental para controlar a doença e evitar que pacientes tenham que ser tratados novamente.

— É evidente que o custo dessas novas terapias é muito elevado. Mas é importante que o governo discuta com a indústria farmacêutica, negocie o preço, e que escolha um cronograma de introdução dessas novas medicações.

Uma pesquisa da Abrale aponta que 42% das pessoas precisaram de apoio jurídico para ter acesso a medicamentos e exames.

— Um índice muito grande, pois a Constituição garante ao paciente tratamento adequado. Enquanto o governo não atualiza as novas drogas o paciente pode por via jurídica conseguir acesso no SUS. 

O governo está analisando alguns fármacos e deve incorporar em breve os anticorpos monoclonais (rituximabe) a pacientes com linfoma não Hodgkin (LNH) de células B, folicular, CD20 positivo. Esse é segundo mais frequente tipo de linfoma e um dos mais agressivos.

— Esperamos que o governo disponibilize o rituximabe o mais rápido possível para esse tipo de linfoma. Com esse anticorpo, agregado à quimioterapia, você aumenta a taxa de cura na cura em 20% especificamente para esse tipo de linfoma difuso de grandes células B.

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