Espanha notifica primeira morte de paciente com varíola do macaco
Após o Brasil, o país europeu é o segundo fora da África a registrar óbito no surto atual
Saúde|Do R7
Nesta quarta-feira (29), dia em que o Brasil registrou a primeira morte por varíola do macaco fora do continente africano, a Espanha também notificou um óbito em decorrência da infecção pelo vírus monkeypox.
Com 4.298 registros da doença, a Espanha é o segundo país do mundo em número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 4.906.
As autoridades sanitárias espanholas também informaram que cerca de 3% dos pacientes precisaram de internação hospitalar até o momento.
A varíola do macaco é uma doença que normalmente se resolve de maneira espontânea entre 15 e 28 dias. Entretanto, algumas pessoas correm risco de desenvolver quadros graves.
O paciente brasileiro, um homem de 41 anos, tinha comorbidades, incluindo câncer (linfoma), segundo o Ministério da Saúde. Não há até o momento detalhes sobre a vítima espanhola.
Indivíduos imunossuprimidos, crianças e gestantes correm maior risco de desenvolver complicações, que podem ser infecções bacterianas secundárias, broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea com consequente perda de visão.
Mundialmente, já são 21.148 casos confirmados de varíola do macaco. Destes, 20.804 ocorreram em 71 países onde a doença não é endêmica.
Os demais foram identificados na República Democrática do Congo, República do Congo, República Centro-Africana, Camarões, Nigéria, Gana e Libéria, localidades em que a doença circulava anteriormente.
As outras cinco mortes registradas no surto deste ano ocorreram nesses países africanos, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
O que ainda intriga a ciência sobre a varíola do macaco