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Ministro da Saúde descarta vacina contra a dengue a curto prazo

Não se deve “enganar a população”, diz Chioro

Saúde|

Ministro da Saúde Arthur Chioro 460x305
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O Ministro da Saúde, Arthur Chioro, admite “não se deve enganar a população”, e diz que vacina contra a dengue não virá a curto prazo. Segundo o ministro, houve uma elevação importante dos casos desde o começo do ano antecipando o período esperado.

— Isso é questão climática. É uma epidemia concentrada fortemente em três Estados: Acre, Goiás e São Paulo. Temos números muito menores que os de 2013. Uma parte da tarefa vai além do Ministério da Saúde.

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O ministro da Saúde alerta que não há uma previsão sobre uma vacina para a dengue a curto prazo.

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— Não adianta querer enganar a população. A prioridade total é financiar as pesquisas no BioManguinhos e no Instituto Butantã. Vamos aguardar a fase 2 dos testes em julho e o início da fase 3. Mas que ela leve o tempo que seja necessário para ter uma vacina eficiente. A pior coisa é colocar os cientistas sob pressão absurda. 

Para solucionar o problema, Chioro acredita que a tarefa é a "prevenção e o controle do mosquito".

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— Se todo mundo que ficou preocupado voltar a fazer a lição de casa ao longo do ano, vamos ter uma diminuição no número de casos. Esse é o momento para aproveitar e em 2016 ter uma forte adesão dos municípios. Não tem como o governo federal mobilizar 5 mil municípios. Formulamos a política e financiamos. Mas precisamos do envolvimento objetivo dos municípios, para além das secretarias municipais. 

Ajustes

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O ministério se prepara para ajustes, mas Chioro garante que a "essência" do SUS (Sistema Único de Saúde) será preservada. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em Genebra, onde participa da Assembleia Mundial da Saúde, o ministro deixou claro que estuda cortes, mas ainda é direto ao pedir mais recursos para a área. Diz ainda que o envolvimento de cubanos no Mais Médicos deve ter chegado ao fim.

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Questionado se o ajuste fiscal do governo vai atingir o Ministério da Saúde, o ministro respondeu que aguarda "ansiosamente" para saber o tamanho do corte.

— Nós já fizemos reuniões. Mas, no nosso caso, temos a emenda constitucional, que garante um mínimo a ser aplicado. Então, eu sei que aquele patamar mínimo vai sustentar a transferência para o atendimento básico, para a rede de urgência, para as Santas Casas, para vacinas. Isso está protegido. Agora vamos avaliar o tamanho do ajuste nos valores que não são nos serviços de saúde. 

Chioro prevê que os cortes serão no funcionalismo, saneamento básico, emendas parlamentares. "Vamos ver como vai ser. Mas a essência do SUS não será comprometida", promete o ministro. 

Desvalorização do real

O impacto da desvalorização do real na conta do governo com a importação de remédios e vacina preocupa o Ministério da Saúde.

— Quando fizemos a programação orçamentária, em maio de 2014, o dólar estava a R$ 2,40. Mas este contexto nos exige mais do que nunca aprimoramento do controle do gasto público. Vamos ser chamados a extrair mais ainda da eficiência do gasto. Explicitamente, nós precisamos de mais recursos para a saúde.

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De acordo com Chioro, para sustentar a transição demográfica, nutricional e epidemiológica que vivemos, é impossível não haver impacto nos orçamentos.

— Uma das questões mais importantes que eu discuto aqui é a sustentabilidade de nossos sistemas. Dizer que o dinheiro é mal gasto não é verdade. O que não impede que a transparência e a eficiência da gestão sejam melhoradas.

Para negociar com as multinacionais, com este novo patamar do real, o ministro afirma que um ajuste será necessário.

— Isso vai exigir um ajuste. Vamos usar o fato de que somos um mercado de mais de 100 milhões de pessoas. A renegociação com essas empresas é feita sempre.

Mais Médicos

Chioro não acredita, "pelas características do programa", que mais médicos cubanos venham para o País em 2016, mas não descarta uso dos profissionais em caso de necessidade: "mas, se precisar usar os médicos cubanos, vamos usar".

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