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Tecnologia e Ciência

Europol classifica novo ciberataque como 'sem precedentes'

Ransomware atingiu quase 100 países e milhares de dispositivos

Tecnologia e Ciência|Da ANSA Brasil

Europol classifica novo ciberataque de 'sem precedentes'
Europol classifica novo ciberataque de 'sem precedentes'

O mega ataque cibernético desta sexta-feira (12) continua a ter efeitos hoje e foi considerado como "sem precedentes" pelo Serviço Europeu de Polícia (Europol).

"Europol está ajudando os países. O ataque de #Ransonware está em níveis sem precedentes e pede uma investigação internacional", postou a entidade em um tweet neste sábado (13).

De acordo com um levantamento da rede britânica BBC, mais de 75 mil casos foram registrados em 99 países diferentes, incluindo todos os maiores países da Europa, Rússia, China e Estados Unidos. Os ataques atingiram tanto órgãos públicos como empresas privadas de diversos setores.

O país mais afetado, no entanto, foi o Reino Unido, que teve os seus serviços de saúde suspensos durante todo o dia. De acordo com a Europol, tanto a Grã-Bretanha como a Espanha pediram ajuda formal para combater o ciberataque.


O Brasil também registrou o ataque e diversos órgãos públicos suspenderam temporariamente suas atividades para evitar a propagação dos vírus. Os serviços do INSS e diversos departamentos de Justiça estaduais, por exemplo, foram paralisados momentaneamente durante a sexta, mas o Gabinete da Presidência informou que os problemas foram "pontuais".

Ainda de acordo com o Gabinete, "não há registros e evidências de que a estrutura de arquivos dos órgãos da administração pública federal tenha sido afetada".


Ransomware

O ataque desta sexta-feira foi um ransonware, um tipo de vírus que ataca o computador, smartphone ou qualquer outro dispositivo e o torna "refém", como se fosse um sequestro. Os hackers pedem um resgate em dinheiro para que o usuário possa voltar a ter acesso aos próprios dados.


Diversos especialistas chamam o ataque de ontem de "Wanna Cry" ("Quer chorar", em tradução livre) e, segundo o jornal "The New York Times", o vírus foi roubado da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos. De acordo com a publicação, o ataque foi realizado pelo grupo Shadow Brokers.

De acordo com informações de empresas de anti-vírus, os ataques do tipo aumentaram 50% no último ano e, além de atingir usuários comum, os ransonwares começaram a agir contra instituições, escritórios e estruturas públicas.

A empresa Kaspersky calcula que, entre as empresas, passou-se de um ataque a cada dois minutos para um a cada 40 segundos. Já entre os usuários particulares, houve um ato a cada 10 segundos no ano passado. (ANSA)

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