O uso de chips sob a pele como um recurso de identificação e segurança é uma realidade em algumas empresas na Europa. No entanto, questões de privacidade e de interferência no trabalho preocupam entidades e sindicatos. "Essa tecnologia vai dar ainda mais poderes aos patrões para controlarem os funcionários", afirma o porta-voz da Trades Union Congress (TUC), sindicato inglês. O microchip é do tamanho de um grão de arroz e pode ser implantando na pele entre o polegar e o dedo indicador da mão. A tecnologia promete ser mais eficiente do que os tradicionais crachás, usados para abrir porta e destravar catracas. Em alguns casos, pode até ser usado como bilhetes de transporte público — basta tocar com a mão no leitor. A novidade ainda não é muito popular, mas alguns patrões já oferecem essa opção aos funcionários. A empresa Biohax, fabricante do produto, afirma ter vendido pelo menos 4 mil chips nos últimos cinco anos. "Essas empresas lidam com documentos sigilosos e os microchips permitem que elas criem restrições para quem quer que seja", disse o fundador da Biohax, Jowan Österlund, ao jornal Sunday Telegraph. Outro ponto negativo, apontado por um dos funcionários que utiliza o chip, é sobre a substituição. Quando o modelo implantado fica antigo, é preciso passar por um processo cirúrgico para realizar a troca por um mais novo. Leia também: Saiba como controlar os aplicativos que as crianças podem baixar