‘Campo agrícola brasileiro tem uma estrutura excepcional’, afirma diretor da Conab
Companhia Nacional de Abastecimento prevê recorde para a safra de grãos de 25/26
Agronegócios|Do R7
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O primeiro levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para a safra agrícola brasileira 2025-2026 projeta um crescimento na produção total. A estimativa é de que o país alcance uma colheita de aproximadamente 354,7 milhões de toneladas de grãos, o que representa aumento de 0,8% em relação à temporada anterior. A projeção é que a área de plantio também tenha uma expansão de 3,3%, totalizando 84,41 milhões de hectares.
Em entrevista ao Record News Rural desta quinta-feira (16), João Edegar Pretto, diretor-presidente da Conab, destaca a importância das parcerias com universidades e institutos federais para atingir as previsões das safras antes mesmo do plantio.
Pretto também reforça a contribuição de instituições como o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e o Banco do Brasil no fornecimento de dados climáticos e financeiros essenciais ao planejamento agrícola.

O executivo explica que a atual temporada já se consolidou como a maior da história do Brasil, com 351,9 milhões de toneladas produzidas até o momento. O sucesso da cultura, segundo ele, é atribuído à presença crescente de tecnologia no campo e às melhorias genéticas promovidas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) ao longo dos anos.
“Para nós, não foi surpresa não, porque o campo agrícola brasileiro tem uma estrutura excepcional, além de um povo trabalhador que levanta cedo, que dorme tarde, que bota terra, faz germinar e ajuda a abastecer o Brasil e o mundo”, comenta.
Entre os destaques das previsões para o próximo ciclo está a soja, que continua sendo a principal cultura nacional. Com 50% da área nacional plantada com o grão, é esperado um aumento tanto na área de cultivo quanto na produção devido à demanda internacional robusta, liderada por países como China, e ao cenário interno, com a produção de óleo e de biocombustíveis.
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Assim como a soja, o milho, a segunda maior cultura do país, possui uma boa previsão para a safra 2025/2026, com aumento de 6% da área semeada e projeções de 138,6 milhões de toneladas colhidas. Os números são vistos com otimismo para o setor de combustíveis, alimentação animal e humana — o que pode ser um alívio para o consumidor.
“É também uma possibilidade do consumidor, nas prateleiras dos supermercados, pagar um preço justo. Quando tem a principal ração para os animais disponível em abundância, que pode garantir um preço menor para o criador, com certeza no final da fila lá para o consumidor também poderá ter um preço mais acessível”, completa.
Pretto chama a atenção, no entanto, para a cultura do arroz, que deve enfrentar desafios devido aos custos elevados, mercado internacional aquecido e preços menos atrativos comparados ao ano anterior. Ele pontua que a expectativa é uma redução significativa na área plantada, enquanto medidas governamentais podem buscar mitigar impactos negativos através da formação de estoques públicos.
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