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Battisti fará escala no Brasil antes de ser extraditado para Itália

Decisão foi tomada após reunião emergencial entre presidente Bolsonaro, ministro Sérgio Moro, chanceler Ernesto Araújo e general Augusto Heleno

Brasil|Agência Brasil

Cesare Battisti é preso em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia
Cesare Battisti é preso em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO

O italiano Cesare Battisti fará escala no Brasil antes de ser extraditado para a Itália. A decisão foi anunciada pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, após reunião no Palácio da Alvorada, com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, e o chanceler Ernesto Araújo. Foragido desde dezembro, Battisti foi capturado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, por volta das 17h de ontem (12).

Mais cedo, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, chegou a informar que um avião do governo italiano está a caminho da Bolívia para buscar Cesare Battisti. Segundo o premiê, o avião pousará por volta das 14h, no horário de Brasília.

Leia mais: Bolsonaro comemora prisão de Battisti e diz que "justiça será feita"

Segundo o governo brasileiro, a decisão de trazer Battisti para o Brasil foi tomada conjuntamente com o governo italiano, levando em consideração questões de segurança.


Prisão perpétua

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Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.


No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte.

Nos últimos dias do governo Michel Temer, o STF decidiu pela extradição. A medida era defendida ainda em campanha pelo presidente Jair Bolsonaro.

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