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Entenda como fogo se tornou principal instrumento de desmatamento no Brasil

Prática é considerada mais barata, mais rápida e mais difícil de controlar; em 2024, chamas atingiram mais florestas do que áreas de pastagem

Meio Ambiente|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O fogo se tornou o principal método de destruição de florestas no Brasil, apesar da redução no desmatamento.
  • Em 2024, as queimadas atingiram mais florestas do que áreas de pastagem, tornando-se uma prática mais barata e difícil de controlar.
  • Especialistas alertam para a necessidade urgente de novas estratégias de combate ao uso do fogo na agricultura e desmatamento durante a COP30 em Belém.
  • O desmatamento por incêndio é mais difícil de monitorar, causando impactos negativos a longo prazo no meio ambiente e na agricultura do país.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Prática é mais difícil de ser detectada por meios de monitoramento tradicionais Reprodução/Record News

Apesar da queda no desmatamento no Brasil, o fogo passou a ser o principal instrumento de destruição na região da Amazônia, prática considerada mais barata, mais rápida e mais difícil de controlar. No ano de 2024, as chamas atingiram mais florestas do que áreas de pastagem.

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) passou a fazer cruzamento de dados de desmatamento e queimadas para identificar áreas atingidas. Os dados do instituto apontam que o país tem os menores índices de incêndios florestais em dez anos em todos os biomas.


Em entrevista ao Conexão Record News desta segunda-feira (20), Luis César Loques, pesquisador do Núcleo de Estudos Avançados em Transição Energética da FGV Direito Rio, expressa preocupação com o crescimento da prática. “A gente tem que descobrir ou criar novas formas de combate a essa prática, que está se tornando cada vez mais popular”, aponta.

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Loques diz que o combate à atividade deve entrar em pauta durante a COP30, que acontece em Belém, no Pará, no mês de novembro. “A COP tem que trazer a conscientização sobre essas novas formas de desmatamento e de emissões de gás de efeito estufa”, explica.


A prática prejudica o solo do país e, consequentemente, a agricultura, uma das principais atividades econômicas do país. “Por mais que o solo brasileiro, em geral, seja muito rico, propício ao plantio, quando a medida do fogo acontece de forma descontrolada, e sobretudo de maneira ilegal, a gente vai ter um prejuízo do meio ambiente no longuíssimo prazo. Então, uma atividade econômica que pode ter um determinado lucro nesse momento vai acabar causando prejuízo lá na frente”, analisa o pesquisador.

Loques ainda relata que o desmatamento por incêndio é mais difícil de ser detectado pelos meios de monitoramento. “Isso continua acontecendo, mas a prática do desmatamento, aquela tradicional que a gente conhece como motosserra e etc, ela era mais facilmente perceptível pelos mecanismos de controle tradicionais”, completa o especialista.

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