‘Nossa dependência do petróleo vai continuar durante muito tempo’, afirma ambientalista
Ibama libera perfuração brasileira na Margem Equatorial
Meio Ambiente|Do R7
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Com a indicação da região norte do Brasil como o novo pré-sal, devido ao potencial petrolífero, a Petrobras solicitou e conseguiu uma licença do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para perfurar a Margem Equatorial.
Mas apesar da afirmação que a sonda exploratória se encontra na região pré-determinada e a exploração começará de “imediato”, alguns ambientalistas criticaram a decisão com o discurso de possíveis impactos negativos ao meio ambiente.

“O mundo ainda depende do petróleo, e não só para a produção de energia, tem vários componentes subproduzidos do petróleo que a gente ainda utiliza no nosso dia a dia, então a nossa dependência do petróleo, inclusive energética, vai continuar durante muito tempo [...] a gente tem dois tipos de impactos principais, com e sem um acidente, né? Então quando a gente olha na operação normal de uma plataforma oceânica de exploração de petróleo, a gente vai ter muitos impactos ali, obviamente, localizados no estoque pesqueiro, no sedimento do oceano e em toda a fauna que vive ali. Esse tipo de impacto acontece em qualquer exploração petrolífera em águas continentais”, explica o professor de Ciências Biológicas, Magno Castelo
Em contrapartida, o especialista ressaltou que assim como no caso emblemático no Golfo do México, em 2010 — uma exploração que culminou na explosão de uma plataforma petrolífera causando um vazamento de cinco milhões de barris de petróleo no oceano — pode haver um impacto ambiental muito grande, caso não haja os cálculos e medidas corretas.
“Se tudo ocorrer conforme o Ibama espera, os impactos vão estar localizados. O que tem que realmente tomar muito cuidado é com o impacto de um possível vazamento acidental de óleo na região”, afirma o professor.
Com a COP30 se aproximando, Magno enfatizou que as ações poluentes do Brasil são menores em comparação a de outros países, principalmente se for relacionar tais fatores com a geração de eletricidade “oriunda de combustíveis fósseis”.
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