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Organizações cobram protagonismo do pantanal na COP30: ‘É imperativo climático’

Entidades querem colocar um dos biomas que mais queimam no centro do debate

Meio Ambiente|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Organizações e cientistas cobram reconhecimento das áreas úmidas, como o pantanal, na COP30.
  • A carta entregue possui mais de 150 assinaturas e ressalta a importância dos ecossistemas úmidos na regulação climática.
  • O pantanal sofreu devastação significativa em 2020, afetando negativamente as metas do Acordo de Paris.
  • A COP30 em Belém é vista como uma oportunidade para garantir compromissos em defesa das áreas úmidas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Luciana Leite, da EJF, Ana Toni,CEO da COP30 e Leonardo Gomes, do SOS Pantanal, participaram do evento Gabriel Adami/ reprodução

Em meio aos preparativos para a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) — que ocorre nos dias 10 a 21 de novembro em Belém — organizações da sociedade civil e cientistas lançaram um alerta: é preciso colocar as áreas úmidas, como o pantanal, no centro da agenda climática global. O grupo apresentou uma carta com o chamado durante evento oficial da pré-COP30 em Campo Grande (MS).

A Environmental Justice Foundation (EJF), em parceria com a Chalana Esperança, entregou à presidência da COP30 o documento que reúne mais de 150 assinaturas de entidades nacionais e internacionais, como SOS pantanal, Observatório do Clima, Instituto Homem Pantaneiro e Onçafari, além de cientistas de diversos países.


A carta destaca que as áreas úmidas são ecossistemas vitais para a regulação climática, mas que continuam “perigosamente negligenciadas” nas negociações internacionais. Apesar de armazenarem mais carbono por área do que qualquer outro ecossistema terrestre, elas vêm desaparecendo a uma taxa três vezes superior à das florestas.

Luciana Leite_EJF_, Eduardo Riedel_Governador do MS_, Leonardo Gomes_SOS Pantanal Gabriel Adami,

Pantanal como símbolo da crise

O pantanal é citado como exemplo alarmante: em 2020, quase um terço do bioma foi destruído pelo fogo, o que resultou na emissão de 115 milhões de toneladas de CO₂, o equivalente às emissões anuais da Bélgica. Para a EJF, sem medidas urgentes de conservação e restauração, as metas do Acordo de Paris não serão atingidas.


“Áreas úmidas são indispensáveis tanto para a mitigação quanto para a adaptação às mudanças climáticas, mas continuam perigosamente negligenciadas. Proteger o pantanal e outras áreas úmidas é não apenas um imperativo climático, mas também uma questão de justiça para as comunidades que delas dependem”, afirmou Luciana Leite, representante da EJF no Brasil.

Fogo avança e Pantanal vira cemitério a céu aberto em MT
Fogo avança e Pantanal vira cemitério a céu aberto em MT

O que a carta pede

Entre as recomendações apresentadas aos países signatários do Acordo de Paris estão:


  • integrar as áreas úmidas nos planos nacionais de ação climática (NDCs) e em estratégias de longo prazo;
  • ampliar a cooperação e o apoio técnico para conservação no Sul Global;
  • estabelecer metas globais e mensuráveis para proteção e restauração desses ecossistemas, com financiamento adequado;
  • fortalecer o papel de povos indígenas e comunidades locais na governança das áreas úmidas.

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Pré-COP30 em Brasília

Brasília vai sediar, nos dias 13 e 14 de outubro, a pré-COP30, encontro preparatório para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será em Belém, em novembro. Mas antes mesmo da capital federal receber chefes de Estado, ministros e negociadores, a pressão aumenta em busca do reconhecimento do peso estratégico do pantanal e de outros sistemas úmidos.

Rumo à COP30

O ato em Campo Grande foi considerado simbólico por entidades pantaneiras, que enxergam na COP30 uma oportunidade histórica de colocar os ecossistemas aquáticos no centro da política climática.


“A COP30 é uma grande oportunidade de selarmos este compromisso em prol das áreas úmidas, uma vez que a maior e mais icônica delas está no Brasil, o nosso pantanal”, disse Leonardo Gomes, diretor-executivo do Instituto SOS Pantanal.

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