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Advogados de Bolsonaro pedem suspensão de audiências no STF por acesso incompleto a provas

Defesa pede reconsideração de decisão que permitiu acesso parcial a dados da acusação no caso de tentativa de golpe de Estado

Brasília|Do R7, em Brasília

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Defesa de Bolsonaro diz que, entre os dados pendentes, estão mensagens extraídas de celulares Alan Santos/PR - 30.03.2019

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou um agravo regimental ao STF (Supremo Tribunal Federal), solicitando mais tempo para analisar provas e o adiamento das audiências da ação penal 2668, que trata da tentativa de golpe de Estado.

O recurso foi dirigido ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Mais cedo, nesta terça, Moraes determinou que a Polícia Federal envie imediatamente a Bolsonaro e a outros seis réus todo o material apreendido que foi usado nas investigações.


Os advogados alegam que, embora o acesso ao material coletado durante as investigações tenha sido autorizado no fim de abril, a defesa ainda não recebeu o conteúdo até a noite desta terça-feira (13).

Entre os dados pendentes estão mensagens extraídas de celulares, consideradas fundamentais para o preparo da defesa.


O recurso argumenta que o acesso concedido não abrange investigações relacionadas à Petição 10.405 e ao Inquérito 4878.

A defesa considera essas provas essenciais para entender o contexto de comunicações usadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) na acusação formal.


Os advogados também afirmam que não haverá tempo suficiente para examinar as informações até o fim das oitivas de testemunhas, previstas para encerrar-se em menos de 30 dias.

Direito de ampla defesa

Segundo o documento, a falta de acesso integral compromete o direito à ampla defesa e à formulação de estratégias processuais. Outro ponto levantado refere-se à disparidade no acesso às provas.


Enquanto a defesa aguarda o conteúdo, a imprensa já teria obtido parte dos dados, como arquivos extraídos do telefone do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o que, segundo os advogados, agrava a desigualdade no processo.

Além disso, o recurso menciona a aplicação parcial do artigo 221 do Código de Processo Penal, que trata das condições para oitiva de determinadas autoridades, com prioridade para ajustar o dia, horário e local de sua oitiva diretamente com o juiz.

A defesa sustenta que o procedimento não foi seguido de forma completa.

No pedido, os advogados requerem:

  • Julgamento dos embargos de declaração pendentes;
  • Cancelamento das audiências e concessão de prazo para análise das provas ainda não entregues;
  • Reabertura de prazo para indicar novas diligências e testemunhas;
  • Aplicação integral do artigo 221 do Código de Processo Penal.

Se o pedido de reconsideração não for aceito, a defesa solicita que o agravo seja levado a julgamento na próxima sessão do STF, com urgência.

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