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R7 Brasília

Agente socioeducativo do DF que filmou colegas nuas é indiciado

Polícia apreendeu arma, munição e aparelhos eletrônicos na casa de homem que instalou câmera em unidade de São Sebastião

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília


Material recolhido com agente socioeducativo que filmou colegas em banheiro
Material recolhido com agente socioeducativo que filmou colegas em banheiro

Convencido de que há elementos e indícios suficientes da prática de crime, o delegado Thiago Hexel decidiu indiciar o agente socioeducativo que filmou colegas no banheiro feminino da unidade de internação de São Sebastião, no Distrito Federal. Rafael de Carvalho Arantes será investigado por gravar as servidoras sem autorização.

Agentes da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) cumpriram mandado de busca e apreensão contra o investigado e recolheram uma arma de fogo, munições e aparelhos eletrônicos. Todo o material será periciado.

Para a polícia, não há dúvida de que o servidor é o autor dos fatos. A apuração também constatou que ele passou a perseguir as vítimas depois que o caso veio à tona. O homem se apresentou na delegacia nesta quarta-feira (9), mas não quis se manifestar sobre as acusações.

"É possível que surjam outras vítimas a partir do material eletrônico apreendido”, afirmou o delegado Hexel. “A PCDF [Polícia Civil do Distrito Federal] prossegue com as investigações para identificar se outras mulheres foram filmadas pelo indiciado em cena de nudez ou de sexo, quando não autorizado pela outra parte.”


A conduta é uma violação do Código Penal, que tipifica a prática de produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes. A pena para os condenados varia de seis meses a um ano de prisão.

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Na semana passada, o servidor foi afastado das funções por 60 dias após ter instalado uma câmera no banheiro feminino para gravar as mulheres em situação íntima. Informações obtidas pelo R7 dão conta de que foram gravados cerca de 800 vídeos e registradas 500 fotos de mulheres que passaram pelo local.

As imagens são de servidoras que trabalham no prédio e também de profissionais lotadas em outras unidades, que foram deslocadas temporariamente para lá. A câmera foi descoberta por uma das vítimas. Ela contou a outras colegas, e elas aguardaram o momento em que o homem foi recolher as imagens, quando o suspeito foi pego em flagrante. Rafael teria iniciado as gravações em maio de 2020.

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