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‘Agora Tem Especialistas’ deve ajudar SUS a cumprir prazo legal para tratar câncer, diz Padilha

Lei em vigor desde 2012 estabelece que SUS deve dar diagnóstico de câncer em até 30 dias e iniciar tratamento em até 60 dias

Brasília|Do R7, em Brasília

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Alexandre Padilha
Padilha diz que programa é a maior mobilização nacional da saúde pública Tânia Rêgo/Agência Brasil - 6.7.2025

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nessa quarta-feira (16) que o governo federal está empenhado em transformar o programa Agora Tem Especialistas na maior mobilização da história da saúde pública e privada no Brasil. Em entrevista exclusiva à RECORD, ele detalhou as ações do programa e disse que o objetivo principal é reduzir o tempo de espera por cirurgias, exames e consultas especializadas — gargalos agravados durante a pandemia —, além de garantir o cumprimento de uma lei que determina prazos máximos para o diagnóstico e tratamento do câncer na rede pública.

“É a maior mobilização nacional da saúde pública e privada para atingir um objetivo: reduzir o tempo de espera de quem está aguardando por uma cirurgia, uma consulta especializada ou um exame diagnóstico”, afirmou Padilha.


“Durante a pandemia, ficou aquele período todo de internações, esticou mais do que precisava esticar, e com isso muita gente teve que cancelar sua cirurgia, seu exame. Então, com todo o esforço feito pelo ministério, estados e municípios, chegou a mais de 14 milhões de cirurgias só no SUS no ano passado. Ainda é insuficiente, tem muita gente esperando”, acrescentou.

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca o programa "Agora Tem Especialistas" para reduzir espera por cirurgias e exames.
  • Programa visa cumprir a Lei 12.732/2012, garantindo diagnóstico de câncer em até 30 dias e tratamento em até 60 dias.
  • Iniciativas incluem carretas de atendimento em regiões carentes e uso de hospitais privados para atender pacientes do SUS.
  • Objetivo é mapear o tempo de espera para especialidades e capacitar médicos através de parcerias com instituições de excelência.

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O programa inclui medidas como o uso de carretas de atendimento para regiões mais carentes, a expansão de horários de funcionamento de policlínicas e hospitais federais, e o engajamento de hospitais privados endividados com a União, que poderão abater suas dívidas prestando serviços ao SUS.


“A pessoa que está esperando pelo SUS poderá ser atendida em um hospital privado, que vai trocar sua dívida por mais atendimento, mais consulta, abrindo as portas desses hospitais para os pacientes que estão esperando pelo SUS”, explicou o ministro.

Cumprimento da lei do câncer

Padilha destacou que uma das metas prioritárias do programa é cumprir a Lei nº 12.732/2012, que prevê que pacientes com câncer têm direito a diagnóstico em até 30 dias e início do tratamento em até 60 dias após a confirmação da doença.


“Nós estamos indo atrás de perseguir essa lei. No câncer, tempo é vida. Se a gente consegue fazer um diagnóstico o mais rápido possível, começar o tratamento, a pessoa consegue vencer o câncer. E a vitória contra o câncer é uma vitória da saúde, da vida, estimula outras pessoas a fazerem seus exames preventivos”, afirmou.

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Para isso, o Ministério da Saúde está ampliando a oferta de serviços oncológicos. “Nós vamos abrir um serviço de radioterapia, que é um dos grandes problemas da demora para o tratamento do câncer, e vai ser uma abertura simultânea em Sergipe, no Ceará, no Piauí, no interior de São Paulo, em Pernambuco. Cinco estados ao mesmo tempo abrindo novos serviços para o atendimento ao câncer acontecer o mais rápido possível. Portanto, nós podemos dizer que o paciente de câncer diagnosticado, ele terá 30 dias no máximo para ser atendido pelo sistema público”, disse Padilha.


Painel nacional e regionalização das ações

Outra frente do programa é a criação de um painel nacional de tempo de espera, que permitirá mapear a demanda por especialidades e cirurgias em cada região.

“A gente tem duas grandes metas. Primeiro, ter um painel nacional de qual é o tempo de espera para a especialidade, para a cirurgia. Porque se você perguntar hoje, ninguém tem como dizer. Então, ele vai organizar isso. Todo estado, município, hospital privado, hospital particular vai ser obrigado a subir uma informação para um painel aqui no Ministério da Saúde que vai monitorar essa situação”, disse Padilha.

Segundo o ministro, 17 estados já informam os dados regularmente, e a meta é ultrapassar 20 estados até o fim de julho. A expectativa é que o painel esteja totalmente operacional até o fim do ano.

Formação de especialistas

O programa também atua na formação e qualificação de médicos especialistas. Além de capacitar novos profissionais, o “Agora Tem Especialistas” prevê a atualização técnica de médicos já experientes, por meio de parcerias com instituições de excelência.

Um exemplo citado por Padilha é o apoio do Hospital do Coração, em São Paulo, a cirurgiões cardíacos pediátricos no Amazonas, onde há apenas três profissionais dessa área. “Nós vamos colocar esse profissional para aprender em uma instituição de excelência e atender a população.”

Compromisso com o mandato

Padilha afirmou ainda que está “24 horas dedicado” à execução do programa e que não será candidato nas próximas eleições para se concentrar totalmente na missão.

“Não vou ser candidato para me dedicar a cuidar da saúde e colocar esse Agora Tem Especialistas, que o presidente Lula falou que é o sonho da vida dele esse programa, colocar ele em prática.”

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