Ameaça em UPA termina em família sendo levada para delegacia no DF
Acompanhante de paciente teria ameaçado profissionais da unidade: ‘Dá tiro na cara de quem para ser atendido?’
Brasília|Do R7, em Brasília
A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada neste domingo (9) para atender a uma série de ameaças realizadas contra profissionais de saúde da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Recanto das Emas. Segundo informações da corporação, o acompanhante de uma paciente teria ameaçado vigilantes e médicos da unidade questionando em quem precisaria “dar um tiro na cara” para ser atendido.
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Os suspeitos, uma mulher de 26 anos e um homem, também teriam xingado profissionais de saúde e afirmado que a UPA seria um “açougueiro”, devido às mortes recentes de duas crianças registradas na unidade.
Segundo a PM, os dois foram encaminhados à 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) após serem acusados de injúria e ameaça pelos funcionários da UPA. Três funcionários e uma testemunha também foram à delegacia.
Segundo a PM, o casal alegou que não estava conseguindo atendimento e que os dois só queriam que uma pessoa da família que estava doente fosse atendida na unidade.
“Estado de embriaguez”
Questionado sobre o episódio, o Iges (Instituto de Gestão Estratégica de Saúde), responsável pela gestão da UPA, disse que o acompanhante de uma paciente estava bastante agitado e que “já chegou na unidade gritando e exigindo atendimento imediato”.
“O atendimento estava normal e não houve demora. A equipe acionou a Polícia Militar do Distrito Federal ao perceber o estado de embriaguez do mesmo e após ele agredir verbalmente a equipe. O atendimento médico da paciente foi feito com a PM no consultório”, informou o instituto.
O Iges acrescentou que a paciente foi classificada como laranja às 7h da manhã, com diversos sinais de agressão física e muita dor de cabeça, além de sinais de ansiedade e medo de morrer. “A paciente recebeu alta médica às 9:59 após atendimento e uso de medicações. O acompanhante foi encaminhado à delegacia para esclarecer a confusão com a equipe da UPA”, explicou o Iges.
O instituto acrescentou que durante a manhã “havia quatro pacientes aguardando na pediatria, um paciente na Sala Vermelha, dez pacientes classificados como amarelo e sete como verde, não havendo restrição de atendimentos e todas as classificações liberadas”. “A equipe estava completa, com dois pediatras, quatro clínicos, sete enfermeiros e 14 técnicos de enfermagem”, garantiu a instituição.
“O Iges-DF repudia episódios como esse em que trabalhadores são sofrem agressões de várias maneiras (físicas e verbais) por pessoas que também aguardam atendimento. Esse tipo de reação não resolve e cria um ambiente hostil tanto para os colaboradores comprometidos em ajudar o próximo quanto para os pacientes que aguardam seus atendimentos de forma respeitosa”, acrescentou o Iges.
O órgão disse, também, que tem monitorado os casos de agressões enfrentados pelos profissionais de saúde. “Todas as nossas unidades trabalham com equipe de segurança para garantir a proteção tanto das instalações quanto dos funcionários. Essa medida visa coibir e reduzir tais ocorrências, contribuindo para uma assistência mais eficiente.”