Com bancada de 99 deputados, o PL decidiu que vai votar contra a reforma tributária. Segundo o líder do partido, deputado Altineu Côrtes (RJ), a proposta não está madura para a votação. "Hoje nós decidimos contra a reforma, porque não temos tempo para discutir o texto. Desafio qualquer deputado deste plenário a dizer que conhece 100% deste texto. Não conhece, porque é humanamente impossível", justificou. A proposta deve ser votada no plenário nesta quinta-feira (6).
O posicionamento do partido está alinhado com a orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem pedido a deputados da legenda que votem contra a proposta. Em nota divulgada na noite dessa quarta (5), Bolsonaro alega que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "diz ter orgulho de ser comunista, que na Venezuela impera a democracia, [que e] é amigo de Ortega, que prende padres e expulsa freiras".
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Nem mesmo o apelo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), convenceu o ex-presidente a ceder e apoiar a proposta. Mais cedo, Bolsonaro, Tarcísio, lideranças e parlamentares do PL se reuniram para discutir o tema.
Relatório da reforma tributária
Uma versão preliminar do relatório foi lido na noite de quarta (6) pelo relator da proposta, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Além disso, o texto passou por modificações ao longo do dia, após nova rodada de reuniões com parlamentares e setores.
A versão mais recente do texto apresenta ao menos duas alterações em temas sensíveis: na Zona Franca de Manaus e na governança do Conselho Federativo, que vai ser responsável por administrar o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) regional.