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R7 Brasília

Arthur Lira exonera ex-assessor investigado em operação da PF

Luciano Cavalcante trabalhou no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados e estava lotado na liderança do PP

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Arthur Lira (PP-AL) e Luciano Cavalcante, ex-chefe de gabinete
Arthur Lira (PP-AL) e Luciano Cavalcante, ex-chefe de gabinete

Luciano Cavalcante, ex-chefe de gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi exonerado nesta segunda-feira (5) do cargo de secretário na liderança do PP na Câmara. Cavalcante foi alvo de uma operação da Polícia Federal, na última quinta-feira (1º), que investiga um grupo suspeito de fraude de R$ 8,1 milhões em licitação, além de lavagem de dinheiro na compra de kits de robótica.

A exoneração dele da liderança do PP foi assinada na sexta-feira (2), mas só foi publicada no Boletim Administrativo da Câmara dos Deputados nesta segunda. Ele recebia salário de R$ 14,7 mil como secretário particular na liderança do PP na Casa. Além disso, também é presidente do diretório do União Brasil em Alagoas.

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Durante a operação, uma mala com dinheiro supostamente destinado a Cavalcante foi encontrada na casa de um policial civil. Além disso, a PF apreendeu cerca de R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo na casa de um dos investigados pela operação.

Operação Hefesto

De acordo com a PF, contratações feitas com recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) teriam sido ilicitamente direcionadas a uma única empresa fornecedora de equipamentos de robótica, por meio da inserção de especificações técnicas restritivas nos editais dos concursos e do cerceamento à participação plena de outros licitantes.


Além dos mandados, foram determinados o sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados, no valor de R$ 8,1 milhões, e a suspensão de processos licitatórios e contratos administrativos celebrados entre a empresa fornecedora investigada e os municípios alagoanos que receberam recursos do FNDE para a aquisição de equipamentos de robótica.

A investigação identificou ainda que foram realizadas, pelos sócios da empresa fornecedora e por outros investigados, movimentações financeiras para pessoas físicas e jurídicas sem capacidade econômica e sem pertinência com o ramo de atividade de fornecimento de equipamentos de robótica — o que pode indicar a ocultação e a dissimulação de bens, direitos e valores provenientes das atividades ilícitas.

De acordo com a PF, algumas dessas transações eram fracionadas em valores individuais abaixo de R$ 50 mil, com o fim, aparentemente, de burlar o sistema de controle do Banco Central. Em seguida, seriam realizados saques em espécie e entregas aos destinatários.

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