Bolsonaro cancela agendas em julho por ordem médica e boletim aponta esofagite intensa

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou todas as agendas públicas e políticas previstas para o mês de julho após recomendação médica de repouso absoluto. A decisão foi anunciada por ele nas redes sociais nesta quarta-feira (2), após nova crise de saúde. Segundo Bolsonaro, episódios de soluços e vômitos se tornaram constantes e estão impedindo até mesmo sua fala.

Com isso, compromissos marcados em Santa Catarina e Rondônia foram suspensos.

“Após consulta médica de urgência, foi-me determinado ficar em repouso absoluto durante o mês de julho. Do exposto, ficam suspensas as agendas de Santa Catarina e Rondônia. Crise de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impede até de falar”, escreveu Bolsonaro.

Nesta quarta-feira (2), foi divulgado um boletim médico assinado pelos médicos Claudio Birolini (cirurgião geral) e Leandro Echenique (cardiologista), do Hospital DF Star, onde o ex-presidente realizou uma endoscopia digestiva alta. O exame detectou “intensa esofagite com processo inflamatório, erosões da mucosa esofágica e gastrite moderada”.

Diante do quadro, os médicos decidiram intensificar o tratamento medicamentoso iniciado dias antes. Bolsonaro deverá seguir em repouso domiciliar, com dieta regrada e moderação da fala.

Em junho, o ex-presidente já havia se queixado de mal-estar e realizado exames após passar mal durante agendas políticas em Goiás. À época, foi diagnosticado com pneumonia. Apesar disso, participou de um ato com apoiadores na Avenida Paulista no último domingo (30).

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, também comentou a situação nas redes sociais. Ela divulgou a nota médica e escreveu: “O Jair precisa deste tempo para se recuperar completamente. Tenho fé de que Deus o ajudará, e logo, logo ele estará 100% para retomar suas agendas de trabalho”.

Bolsonaro, de 70 anos, já passou por diversas intervenções médicas desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. Em abril deste ano, foi submetido a uma cirurgia de 12 horas para tratar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal.

Vale lembrar que, no mês passado, o ex-presidente foi submetido a exames em um hospital privado em Brasília após passar mal durante compromissos políticos em Goiás. Na ocasião, foi diagnosticado com pneumonia.

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