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R7 Brasília

Bolsonaro diz que há indígenas que partem para ações não civilizatórias

Presidente voltou a defender projeto que permite exploração de minério em terras indígenas, atualmente parado no Congresso

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PL)
O presidente Jair Bolsonaro (PL)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quinta-feira (30), que há uma parcela de indígenas que partem para "ações não civilizatórias".

"Cada vez mais querem se integrar à sociedade. Uma minoria pensa diferente e parte para ações não civilizatórias. A grande maioria desses indígenas são nossos parceiros", disse o chefe do Executivo, durante evento em Campo Grande (MS).

Na sequência, o chefe do Executivo defendeu o projeto de lei que regulamenta a exploração de minério em reservas indígenas, iniciativa proposta pelo governo em 2020 e que enfrenta resistências no Congresso Nacional.

"Espero aprovar brevemente um projeto que está há quase dois anos no Parlamento para permitir aos irmãos índios fazerem em suas terras o que o fazendeiro faz na dele ao lado. O que nós queremos é unir o povo. Não há diferença entre nós e indígenas. Somos todos iguais", afirmou.


Recentemente, a matéria recebeu o apoio de oito líderes partidários para que se dê prosseguimento ao requerimento de urgência, que faz com que seja acelerada a tramitação do projeto na Câmara dos Deputados. A oposição, por sua vez, quer debater a exploração de minérios em comissão especial e refuta a possibilidade de dar urgência à matéria.

Tereza Cristina

A ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza Cristina participou da cerimônia. Ela chegou a ser cogitada para ocupar a cadeira de vice na chapa de Bolsonaro na eleição deste ano – inclusive, reuniu-se com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para discutir a possibilidade.


Neste mês, Bolsonaro comentou a possibilidade de Cristina ser sua vice. "Cotadíssima, excelente pessoa também", disse à época. Diante das pesquisas eleitorais, que apontam a ex-ministra como líder das intenções de voto para o Senado em Mato Grosso do Sul, ela desistiu de acompanhar o presidente e decidiu seguir com sua pré-candidatura. 

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Durante a cerimônia, o chefe do Executivo disse que Cristina pode ter a aparência frágil, mas que ela foi responsável por manter a segurança alimentar no país durante a pandemia de Covid-19. "O ministério mais importante, por ser estratégico, além da Defesa, que Braga Netto ocupou, é o da Agricultura. Eu tenho uma pessoa aqui que pode ser frágil na aparência, ou até mesmo por ser pequena, mas é uma pessoa admirada e amada por todos nós em Brasília", disse.


"A ministra Tereza Cristina foi gigante nesta pandemia. Ela à frente [do ministério], somando com vocês, grande parte do agro, manteve a nossa economia funcionando, garantindo para nós a segurança alimentar", prosseguiu.

O ex-ministro da Defesa Braga Netto, que também estava presente no evento, ocupará a vaga de vice. "É uma pessoa que eu admiro muito e, caso a gente consiga a reeleição, vai ajudar muito o Brasil nos próximos anos. Eu agradeço ao Braga Netto por ter aceitado essa missão", disse Bolsonaro.

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