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Bolsonaro e Guedes cobram apoio do Senado a ações do governo

Fora da agenda oficial deste domingo (24), presidente e ministro visitaram uma exposição na Granja do Torto, em Brasília

Brasília|Isabella Macedo e Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Guedes e Bolsonaro cobraram avanço nas agendas reformistas
Guedes e Bolsonaro cobraram avanço nas agendas reformistas

Sem agenda oficial divulgada para este domingo (24), o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, visitaram juntos uma exposição no Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília. À imprensa, Guedes voltou a criticar o Senado por não aprovar a reforma do Imposto de Renda e afirmou que, se o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quiser se viabilizar como candidato à Presidência em 2022, precisará ajudar o governo com reformas.

Bolsonaro, por sua vez, reforçou a confiança em Guedes. Ele também repetiu o que havia dito na sexta sobre não interferir no preço dos combustíveis para conter a alta. "Não vamos interferir no preço de nada porque isso já foi feito no passado e não deu certo", afirmou o presidente. 

Guedes disse que a criação do Auxílio Brasil, fugindo da regra do teto de gastos, foi necessária, já que as reformas pretendidas pelo governo não avançaram no Congresso, especialmente no Senado. Ele voltou a reclamar que o Senado não aprovou a reforma do Imposto de Renda, o que, segundo ele, compensaria o gasto com o novo programa social.

O ministro da Economia afirmou que, caso Pacheco queira se viabilizar como candidato, precisará ajudar o governo. "Se ele quiser se viabilizar como uma alternativa séria, precisará ajudar nosso governo a fazer as reformas", cobrou. 


A exemplo do que ocorreu na coletiva realizada na última sexta-feira (22), Bolsonaro fez questão de dizer que confia no ministro e que, em sua avaliação, ele tem feito um bom trabalho. Guedes e Bolsonaro defenderam também a reforma administrativa, que ainda precisa ser votada no plenário da Câmara dos Deputados.

A criação do Auxílio Brasil fora do teto de gastos criou uma crise no Ministério da Economia. Poucas horas após o novo texto da PEC ser apresentado na comissão especial com a manobra para criar um "alívio fiscal", quatro integrantes da equipe econômica pediram exoneração do cargo


Reforma administrativa

Durante a visita, o ministro Paulo Guedes ainda reforçou que a reforma administrativa, que tramita no Congresso Nacional, só vai impactar os funcionários que ingressarem no funcionalismo após a aprovação do texto. "Deixo bem claro que a reforma administrativa não mexe com os atuais servidores."


O presidente ressaltou que a reforma administrativa deve ter um impacto de R$ 300 bilhões nas contas públicas, "sem atingir nenhum dos funcionários públicos atuais".

Ao lado de Guedes, Bolsonaro afirmou que depositava total confiança no ministro. A saída de Paulo Guedes do cargo chegou a ser alvo de especulações nesta sexta-feira (22), depois que secretários do Ministério da Economia deixaram a pasta diante do drible que o governo pretende realizar no teto de gastos para custear o Auxílio Brasil. "Foi excepcional o trabalho dele em 2019 e melhor ainda em 2020."

Combustíveis

O presidente voltou a dizer que tem a intenção de privatizar a Petrobras, já que hoje, mesmo sendo uma empresa estatal de economia mista, não teria "poderes de interferir [na empresa]". "A legislação deixa ela independente. A gente não vai interferir no preço de nada, já fizeram isso no passado e não deu certo", afirmou Bolsonaro. "Privatizar não é colocar na prateleira, teria privatizado mais coisa se não tivesse toda essa burocracia", ponderou.

Ele ainda reforçou a necessidade da criação do "auxílio-caminhoneiro", benefício de R$ 400 aventado pelo chefe do Executivo diante da iminência de um novo reajuste no preço dos combustíveis. A categoria planeja uma paralisação para 1º de novembro. "Sabemos que é pouco", reconheceu Bolsonaro.

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