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Câmara Legislativa do DF é alvo de nova operação nesta quarta (15)

Operação do MPDFT ocorre um dia depois de policiais fazerem buscas em investigação que apura suspeita de rachadinha 

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Polícia Civil e Ministério Público voltam à CLDF para nova operação
Polícia Civil e Ministério Público voltam à CLDF para nova operação Polícia Civil e Ministério Público voltam à CLDF para nova operação

O MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) deflagra a Operação Maré Alta na Câmara Legislativa do DF, sede do Poder Legislativo local, na manhã desta quarta-feira (15). Um dos alvos é o gabinete do deputado distrital Reginaldo Sardinha (Avante). Os promotores têm o apoio da PCDF (Polícia Civil do DF) no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão.

Viaturas estão estacionadas em frente ao prédio enquanto as equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MPDFT, fazem as buscas. Os promotores chegaram à Casa às 6h10. Como o ano legislativo se encerrou nesta terça (14), as portas dos gabinetes estavam trancadas e foi preciso chamar um chaveiro para abrir as salas. Os agentes deixaram o prédio quatro horas depois, com um malote carregado de documentos. 

Escritório de apoio do deputado
Escritório de apoio do deputado Escritório de apoio do deputado

Equipes também fazem buscas no escritório de apoio do distrital Reginaldo Sardinha, que fica na região do Cruzeiro Center.

A operação visa apurar irregularidades em contratos da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) com empresário do ramo imobiliário do DF. A suspeita é de que teria havia favorecimento de aliados de Sardinha no processo de licitação para aluguel de prédios do suspeito, onde funcionariam atividades da Seape.

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A construtora informou que foi "declarada vencedora do procedimento licitatório justamente por apresentar a melhor proposta". Em seguida, o imóvel ainda foi reformado pela empreiteira. "Seguiremos à disposição e cooperando com as investigações, que certamente demonstrarão a inquestionável lisura do procedimento seguido pela empresa", diz a nota. Procurada, a Seape não se manifestou.

Em nota, o distrital disse que as denúnicas contra ele são "infundadas" e se colocou à disposição dos investigadores. "Com relação às inúmeras fake news disseminadas a meu respeito, já foram acionados advogados para que tomem as devidas providências jurídicas necessárias", comentou.

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Operação Melinoe

A ação ocorre um dia depois de policiais fazerem buscas no gabinete e endereços ligados ao também deputado distrital Daniel Donizet(PL), por suspeita de prática de rachadinha e falsificação da folha de ponto de funcionários-fantasma.

A investigação aponta um esquema em que funcionários batem o ponto e não aparecem para trabalhar. Segundo as apurações, a equipe ainda repassaria parte do salário ao deputado. Durante a ação, os policiais e promotores apreenderam dólares, euros e reais no gabinete do parlamentar. O valor, de acordo com a polícia, passa de R$ 100 mil.

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A apuração começou em 2019, depois de denúncias serem registradas na polícia. O chefe de gabinete seria o responsável por recolher os pagamentos. Segundo os investigadores, há provas suficientes que respaldam a tese de que os servidores assinavam a folha de ponto e não iam à Câmara Legislativa, mesmo antes da pandemia de Covid-19, quando os trabalhos presenciais foram suspensos.

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Em nota, o Donizet afirmou que não teve acesso ao processo e que as denúncias de rachadinha são infundadas.

"Afirmo, com muita tranquilidade, que as denúncias são completamente infundadas. Ainda não tive acesso ao inquérito policial para entender o que motivou as buscas realizadas. Já estou em contato com o meu advogado. Assim que tivermos o conteúdo das investigações em mãos, vamos soltar uma nota de esclarecimento", disse.

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