CNI anuncia reunião com setores produtivos para discutir desoneração da folha
A confederação também planeja encontros com congressistas para discutir a medida provisória que trata da compensação da desoneração
Brasília|Do R7, em Brasília
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) anunciou uma nova reunião com representantes dos setores produtivos para esta terça-feira (11). A confederação também planeja encontros com congressistas para discutir a medida provisória que trata da compensação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores e municípios com até 156,2 mil habitantes.
Em uma nota divulgada, a CNI declarou que está “trabalhando para alcançar uma boa convergência” em relação a essa nova medida provisória. A confederação mencionou que as discussões com o Ministério da Fazenda, iniciadas na última sexta-feira (6), criaram uma expectativa positiva de “encontrar uma solução racional e pró-atividade econômica”.
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A CNI destacou que esses encontros foram importantes para uma “melhor compreensão dos efeitos da MP 1.227″ e para “mitigar possíveis entendimentos equivocados”. “Estamos construindo um caminho para uma boa convergência”, afirmou a CNI.
“Queremos o melhor para o nosso Brasil. E o melhor para o Brasil é o crescimento das atividades produtivas de forma sustentável e sinérgica com toda a sociedade.”
A nota da CNI menciona um consenso de que o Brasil atingiu o limite da carga tributária e defende o controle de gastos públicos e o combate à economia “marginal”. A CNI enfatiza a necessidade de iniciar uma “honesta e efetiva discussão”.
“Não existe mais espaço para ônus sobre o setor produtivo e todos, digo todos mesmo, precisam dar a sua contribuição. Nem o setor público, nem a sociedade civil, e muito menos o setor financeiro, podem se eximir de estar alinhados e ser ‘cúmplices’ do setor produtivo, que gera riqueza e distribuição de renda”, disse a CNI.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (10), afirmou que conversou com líderes empresariais no fim de semana sobre a medida provisória e negou que haverá impacto inflacionário.