CNJ vai apurar conduta de Gabriela Hardt como juíza na Vara de Curitiba com processos da Lava Jato
Segundo a reclamação, magistrada tinha conhecimento de fatos potencialmente criminosos praticados pelo então juiz Sergio Moro
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
A Corregedoria Nacional de Justiça instaurou uma reclamação disciplinar para apurar a conduta da juíza federal Gabriela Hardt, que atuou na 13ª Vara Federal de Curitiba, na qual tramitam os processos da Operação Lava Jato. O pedido foi apresentado pelo advogado Tony Garcia, que alega parcialidade da magistrada na condução das ações. Segundo ele, Gabriela Hardt tinha conhecimento de fatos potencialmente criminosos praticados pelo então juiz Sergio Moro e por procuradores da República, mas não agiu.
Na decisão, o corregedor nacional de Justiça, o ministro Luis Felipe Salomão, disse que a apuração se justifica “tendo em vista a linha tênue que separa os atos simplesmente jurisdicionais dos que detêm relevância correcional, bem como a cautela peculiar afeta à atuação da Corregedoria Nacional de Justiça”.
Garcia já foi deputado estadual do Paraná e delator da operação. O advogado alega que Hardt, quando atuava na 13ª Vara Federal de Curitiba, nada fez ao ser informada de que Moro o coagia a atuar como um "agente infiltrado".
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A juíza Gabriela Hardt assumiu temporariamente a Lava Jato em Curitiba no lugar de Eduardo Appio.
Gabriela foi responsável por condenar o presidente Lula, em 2019, no caso do sítio de Atibaia. O juiz Eduardo Appio está afastado.