Com mais duas aprovações, Brasil tem 11 opções de autoteste de Covid
Anvisa avaliou quesitos como segurança e desempenho de exames; autorização para venda foi publicada no Diário Oficial da União
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a venda de mais dois autotestes para Covid-19, ampliando a oferta desse tipo de exame para 11 opções nas farmácias e estabelecimentos de saúde licenciados em todo o país. A aprovação dos novos produtos incluídos no rol foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta sexta-feira (18).
Para que o produto passe a ser vendido no Brasil, além de analisar desempenho, eficácia e segurança dos autotestes, a Anvisa tem de avaliar a documentação apresentada pelas empresas, verificando se elas cumprem os requisitos legais.
"Um dos principais pontos de atenção da agência é a usabilidade, que inclui as orientações de uso e as instruções em linguagem simples, que permita à pessoa leiga fazer o uso correto do produto", detalha a Anvisa.
A aprovação também depende de outros aspectos comerciais, como a exigência de que as empresas tenham um canal para atender os consumidores que comprarem o produto. As embalagens deverão conter todos os componentes necessários para o teste e informar a validade.
Desde que permitiu a venda dos autotestes no Brasil, a Anvisa já recebeu mais de 100 pedidos de autorização. Há ainda cinco produtos em análise e 23 pendentes de documentação ou avaliação adicionais. Outros 21 testes tiveram o processo negado.
Os demais estão sendo distribuídos às áreas técnicas ou pendentes de publicação no DOU. A atualização das demandas, bem como detalhes dos exames autorizados para venda, pode ser encontrada no site da agência.
Informações importantes
Os autotestes foram incorporados à política de testagem em massa como mais uma estratégia para agilizar a detecção da Covid, mas não substituem o diagnóstico. Mesmo com resultado positivo indicado pelos exames rápidos, as pessoas devem recorrer a uma unidade de saúde ou a um médico para confirmar o quadro, sendo possível fazer testes RT-PCR ou de antígeno.
O autoexame não serve como comprovação para um atestado médico ou como aval para realizar uma viagem, no caso de resultado negativo. A notificação compulsória continua sendo uma premissa, de forma a proporcionar o monitoramento, o isolamento de casos e a contenção da disseminação do vírus, cabendo aos profissionais e à rede de saúde receber os paciente e dar prosseguimento ao atendimento.
A Anvisa alerta para a necessidade de ler as instruções antes de realizar o autoteste, sobretudo pela ausência de profissionais da saúde para auxiliar na condução do exame. "Independentemente do resultado, lembre-se de que o uso de máscara, a vacinação e o distanciamento físico são medidas que protegem você e outras pessoas, pois reduzem as chances de transmissão do coronavírus", explica a agência.