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Condenado por bomba perto de aeroporto no DF presta depoimento à CPI nesta quinta

Wellington Macedo foi preso no Paraguai e condenado a seis anos de prisão

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

Macedo foi preso no Paraguai em setembro
Macedo foi preso no Paraguai em setembro

Wellington Macedo de Souza, homem condenado a seis anos de prisão por tentativa de explodir uma bomba nos arredores do aeroporto de Brasília, presta depoimento, nesta quinta-feira (5), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF (CLDF). Macedo estava foragido desde janeiro e foi preso no Paraguai no dia 14 de setembro.

O presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), espera que Macedo "fale bastante" no depoimento. A expectativa do deputado é que o depoente esclareça quem financiou o atentado próximo ao aeroporto e quem pagou pelo transporte dos explosivos.

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O deputado Fábio Felix (PSOL) acredita que a oitiva de Macedo será "crucial". "A gente precisa entender quem são os reais envolvidos nesse caso, se houve financiamento e se há alguma ligação com mentores intelectuais, pessoas ligadas à política, esse elemento é muito importante", afirma.

Já o deputado Joaquim Roriz Neto (PL) discorda da relevância do depoimento por acreditar que Macedo já esclareceu à polícia tudo o que precisava ser dito. "A gente precisa ouvir as pessoas que ainda têm questionamentos pesando em cima delas, pessoas que não foram interrogadas, pessoas que não foram questionadas, pessoas que sequer foram chamadas pra poder prestar esclarecimento na CPI", completa.


Leia mais: Na CPMI do 8/1, blogueiro acusado por bomba diz que só vai colaborar com acesso aos autos acusatórios

Os outros dois envolvidos no atentado, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos, já foram ouvidos pela CPI. Alan afirmou que veio a Brasília a passeio e que a bomba não explodiu por ele ter avisado as autoridades. Já Washington ficou em silêncio na maior parte do depoimento.


Relembre o atentado

A tentativa de explosão do caminhão aconteceu na véspera do Natal do ano passado. O veículo estava carregado de querosene de aviação e tinha capacidade para 60 mil litros. O motorista do caminhão-tanque, porém, percebeu a presença do artefato explosivo e acionou a polícia.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Souza encontrou os outros dois envolvidos — George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos, já condenados e ouvidos pela CPI — no acampamento em frente ao QG do Exército, na capital federal. Eles se uniram para, segundo o MPDFT, cometer infrações penais que "pudessem causar comoção social a fim de que houvesse uma intervenção militar".

Na condenação, o juiz Osvaldo Tovani afirma que havia uma divisão de tarefas entre o trio. "George conseguiu o artefato explosivo e se encarregou da montagem, enquanto o acusado [Wellington Macedo] e Alan se responsabilizaram pela colocação no caminhão-tanque."

O juiz também destaca que Macedo buscou Santos no acampamento, e a dupla circulou por horas. "[Eles] passaram diversas vezes pelo caminhão, o que indica que os autores estavam estudando o melhor local e momento para colocar o artefato explosivo."

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