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R7 Brasília

Corte de gastos: taxação de super-ricos e isenção do IR estão entre medidas, diz ministro

Luiz Marinho negou mudanças no seguro-desemprego, mas afirmou que supersalários também serão afetados

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Marinho chegou a dizer que pediria demissão Valter Campanato/Agência Brasil - 1.7.2024

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, declarou nesta quarta-feira (27) que o pacote de corte de gastos do governo federal vai incluir mudanças na isenção do Imposto de Renda e taxação de super-ricos. Marinho negou que o seguro-desemprego será alterado pelas medidas e destacou que os supersalários do funcionalismo público federal também estão na mira das iniciativas. A expectativa é que o anúncio do reequilíbrio fiscal das contas públicas, debatido pela equipe econômica e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas semanas, seja feito até esta quinta (28).

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“Tem minhas digitais nos debates colocados. [O pacote] é completamente diferente do que estava sendo anunciado até então. Não há mudança de regra no seguro-desemprego. Isenção do Imposto de Renda, supersalários, imposto para os super-ricos... Vem tudo aí. O pacote completo”, afirmou o ministro, sem dar detalhes. A fala ocorreu durante apresentação dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de outubro.

A isenção do IR para quem recebe até R$ 5.000 é uma das principais bandeiras do governo de Lula e foi uma promessa de campanha do presidente. Ele pretendia implementar a medida até o fim do mandato, em 2026. Atualmente, a isenção do imposto de renda vale para os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.824). O teto anterior era R$ 2.640.

Recuo em pedido de demissão

Em meio às discussões sobre os cortes, Marinho chegou a dizer que pediria demissão caso não fosse incluído nos debates relativos à área que chefia.


“Se nunca discutiu comigo, essas medidas não existem. Se eu sou responsável pelo tema trabalho e emprego, esse debate não existe a não ser que o governo me demita”, declarou o ministro, no fim de outubro.

Questionado à época se poderia pedir demissão caso as medidas avancem, Marinho respondeu que “se eu for agredido, é possível”. “Uma decisão sem minha participação, em um tema meu, é uma agressão. E não me consta que nenhum ministro de Estado tenha discutido esse assunto [de corte de gastos]”, acrescentou.

Nesta quarta, contudo, Marinho confirmou que participou das conversas sobre o corte de gastos. Além do Trabalho, os ministérios da Saúde, Educação, Previdência Social, Desenvolvimento Social e Defesa foram chamados por Lula e pela equipe econômica. A tendência é que essas áreas sejam as afetadas pelas medidas de redução de despesas.

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