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R7 Brasília

Defesa pede revogação da prisão de ex-comandante da PMDF

Fábio Augusto Vieira foi preso após os ataques de 8 de janeiro em Brasília; ele é suspeito de omissão na condução da corporação

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Coronel Fábio Augusto Vieira na cerimônia para assumir o comando geral da PM em abril de 2022
Coronel Fábio Augusto Vieira na cerimônia para assumir o comando geral da PM em abril de 2022

A defesa do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal coronel Fábio Augusto Vieira pediu a revogação da prisão preventiva do cliente. Ele é suspeito de omissão na condução da corporação durante os atos radicais que terminaram na invasão e depredação do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.

A defesa do coronel destacou que, segundo o organograma da Polícia Militar, Vieira não era o responsável direto pelo destacamento de tropas para a Esplanada dos Ministérios. Outro ponto levantado é que o então comandante participou ativamente das tentativas de conter os extremistas e não teve as ordens de reforços de militares atendidas.

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Os advogados também afirmaram que a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Rodoviária Federal seriam as instituições responsáveis para acompanhar os ônibus que chegaram ao DF dias antes do ataque aos Três Poderes, e não a PM. A disposição de tropas, conforme destaca o pedido de revogação da prisão, caberia ao Departamento Operacional (DOP) da PM. As informações que Vieira teria recebido, segundo a defesa, dão conta de que a situação estaria sob controle.

Sem planejamento

Ainda sobre o DOP, os advogados destacaram que "não houve a elaboração prévia de Planejamento Operacional nem Ordem de Serviço emitido pelo Departamento Operacional da PMDF em relação aos fatos do dia 08/01/2023, sendo apenas encaminhado [para o comando e outros batalhões] o Plano de Ações Integradas elaborado pela SSPDF".


Os advogados ressaltaram, ainda, um trecho do relatório do interventor federal no DF, Ricardo Cappelli, que relata a atuação de Vieira no dia da invasão. No texto, Cappelli afirma que o coronel "esteve em campo atuando operacionalmente", que foi ferido e que há evidências de que "o coronel perdeu a capacidade de liderar seus comandados diretos, uma vez que suas solicitações por reforço não foram consideradas nem atendidas prontamente".

Por fim, a defesa destacou que o militar foi exonerado do comando da PM e que não há risco que ele atrapalhe as investigações sobre as omissões das forças de segurança durante o ataque em 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

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