Depois de assinar 19 acordos, Lula diz que reunião foi a 'melhor' que o Brasil já fez com o governo alemão
As parcerias focam principalmente sustentabilidade e meio ambiente; 'Muitos investimentos lá e aqui', disse o presidente
Brasília|Luiz Fara, da Record, e Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Ao fim da visita à Alemanha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (5), que o encontro foi a “melhor reunião” que o Brasil já teve com o governo alemão. Segundo o brasileiro, serão feitos muitos investimentos e parcerias entre os dois países. Com a conclusão da viagem, 19 acordos foram assinados, sendo a sustentabilidade e o meio ambiente os maiores focos das parcerias.
“Eu confesso a vocês que eu saio da Alemanha muito orgulhoso, porque eu já fui presidente por oito anos e eu acho que é a melhor reunião que o Brasil já fez com o governo alemão. Uma reunião de compromisso, de parceria, eu acho que a gente pode ter certeza de que muita coisa vai acontecer nessa parceria, muitos investimentos lá e aqui”, disse o presidente.
Lula afirmou que, com os investimentos, o Brasil “pode ter o orgulho de se transformar no país do mundo que mais pode oferecer perspectiva” para o tema da sustentabilidade, do meio ambiente e da transição energética.
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Os acordos assinados incluem declarações de intenções, memorandos de entendimentos, atas, cartas e contratos. Os tratados envolveram a Presidência da República, juntamente com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, e os ministérios das Relações Exteriores, da Fazenda, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, da Agricultura e Pecuária, da Saúde, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Lula se reúne com presidente da Alemanha
Lula se reúne com presidente da Alemanha
Cooperação para transformação ecológica
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Economia e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck, firmaram nesta segunda-feira (4) uma declaração conjunta de intenção de cooperação para transformação ecológica, com duração de três anos e possibilidade de prorrogação.
O acordo não obriga aplicações financeiras diretas, mas abre portas para futuros projetos conjuntos, a ser gerenciados por instrumentos legais específicos. O documento foi elaborado de acordo com as metas do Acordo de Paris, tratado para a redução da emissão dos gases do efeito estufa, e da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), que reúne 17 objetivos de desenvolvimento sustentável.
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Após Lula ter dito que Haddad terá que “abrir o cofre” para projetos ligados ao desmatamento, o ministro afirmou nesta terça que o “sucesso econômico do Brasil depende do compromisso com a floresta” e que o país deve continuar a investir em energia limpa.
“O compromisso desse governo é com a queda do desmatamento, nós temos um compromisso de até 2030 zerarmos o desmatamento. Para nós crescermos, nós precisamos continuar investindo em energia limpa, energia eólica, solar e hidrogênio. As expectativas da Europa em relação ao Brasil como exportador de energia limpa são muito grandes. O Brasil é parte da solução dos problemas que o mundo está enfrentando”, completou.