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Detran apreende van que atropelou criança no Distrito Federal

Veículo que transportava menino quando a porta se abriu e ele foi arremessado e atropelado seguia rodando em situação irregular

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Em fiscalização, Detran-DF apreendeu van que atropelou menino na região do Riacho Fundo 2
Em fiscalização, Detran-DF apreendeu van que atropelou menino na região do Riacho Fundo 2 Em fiscalização, Detran-DF apreendeu van que atropelou menino na região do Riacho Fundo 2

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) apreendeu a van escolar envolvida na queda e no atropelamento do menino Rhyan Lucca, de 5 anos, em uma operação de fiscalização. O veículo continuava circulando, mesmo em situação irregular, após o acidente que quase tirou a vida do pequeno em 6 de outubro, quando o transportava para casa junto com outros estudantes. O caso está a cargo da 29ª Delegacia de Polícia Civil (Riacho Fundo).

A reportagem apurou que o veículo está no pátio da unidade do Detran-DF na região do Gama há seis dias. A apreensão aconteceu durante uma batida do órgão junto com o Batalhão Escolar da Polícia Militar no Riacho Fundo 2, onde aconteceu o acidente.

Na ação, realizada 16 dias depois de Rhyan ter sido atropelado, agentes e militares pararam 19 veículos e averiguaram a situação dos pneus, dos cintos de segurança e a documentação. Juntos, a PMDF e o Detran multaram nove motoristas e apreenderam duas vans. Uma delas era justamente a do acidente.

Na ocasião, a porta se abriu com o veículo em movimento. Rhyan, que estava sem cinto, foi arremessado para fora. Ao cair no asfalto, a roda traseira passou por cima da criança, que sofreu fratura na bacia, rompimento da bexiga e traumas no abdômen. O pequeno foi levado por socorristas inconsciente para o Hospital de Base do DF. Lá, passou pela primeira cirurgia e por uma transfusão de sangue.

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Posteriormente, foi transferido para o Hospital da Criança de Brasília José de Alencar, onde foi submetido a uma segunda cirurgia, dessa vez para reconstituir a bexiga. Ele passou 10 dias internado e teve alta em 16 de outubro. Procurada, a mãe da vítima, Phyama Ohanna, disse que soube por amigos da apreensão. Segundo ela, a sensação é de impunidade.

“Quando eu estava na UTI com meu filho, eu achei que ela não estava rodando devido ao acidente. Mas descobri, quando saí do hospital, que ela estava rodando normalmente, como se nada tivesse acontecido. Meu filho quase morreu. Precisa uma criança morrer para as coisas serem feitas?”, questionou.

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Ela lembrou que a proprietária da van era a motorista e a responsável pelas crianças no momento do acidente. “Meu filho não pode andar e nem sentar por conta de uma irresponsabilidade que poderia ter sido evitada. Eu me sinto inútil como mãe, de ver isso, e ver que a pessoa que fez isso está seguindo a vida normal. Porque ela tem que pagar sim pelo que aconteceu. A responsabilidade pelo meu filho naquele momento era dela”, desabafou.

“Ela só sabe dizer que foi fatalidade. Mas, em momento nenhum, assume a responsabilidade. A van dela foi apreendida, mas, infelizmente, ela continua trabalhando. Alugou duas vans. Infelizmente a Justiça é falha. E esse pato, quem está pagando é só meu filho”, continuou Phyama.

O R7 procurou a proprietária da van, que não atendeu às ligações nem respondeu às mensagens enviadas via WhatsApp. 

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