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DF envia bombeiros para ajudar em combate a incêndios no Pantanal

Equipe de 30 militares especialistas em prevenção e combate a incêndios florestais vai viajar ao MS nesta quarta

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Estado registrou recorde de focos de incêndio neste ano Bruno Rezende/Governo Mato Grosso do Sul -

O Governo do Distrito Federal decidiu enviar 30 militares do Corpo de Bombeiros do DF para ajudar no combate aos incêndios que atingem o Pantanal. As equipes serão encaminhadas para a região na madrugada desta quarta-feira (26), por volta das 4h, e vão atuar nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os bombeiros que serão enviados são especialistas em prevenção e combate a incêndios florestais e já atuaram em diversas missões no Brasil, inclusive no próprio Pantanal em outras temporadas de incêndios no bioma.

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O Mato Grosso do Sul já declarou estado de emergência nas cidades afetadas pelas chamas. O decreto foi publicado nesta segunda-feira (24) no Diário Oficial do estado. A medida foi adotada para garantir uma atuação mais rápida do estado nas regiões afetadas pelas chamas, como parques, áreas de proteção e preservação nacionais, estaduais ou municipais

Recorde de queimadas

O Pantanal teve a maior quantidade de focos de incêndio já registrada no primeiro semestre desde 1988, quando as queimadas começaram a ser monitoradas por satélites pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Entre 1º de janeiro e 23 de junho deste ano, foram detectadas 3.262 queimadas, um número 22 vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado (+2.134%), segundo dados do instituto. O recorde anterior era do primeiro semestre de 2020, quando foram contabilizados 2.534 focos.

De acordo com especialistas, o aumento das queimadas no Pantanal em 2024 está ligado principalmente à crise climática, uma vez que o bioma enfrenta seca severa. As chuvas escassas e irregulares nos primeiros meses de 2024 foram insuficientes para transbordar os rios e conectar lagoas e o rio Paraguai, principal rio do bioma, que teve níveis baixos para esta época do ano.

“Uma combinação de fatores tem colaborado para o aumento das queimadas no Pantanal. Podemos destacar as alterações climáticas, o desmatamento na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal, além da atuação do El Niño, que traz um período mais seco para as regiões do Centro-Oeste brasileiro. Todos esses elementos afetam diretamente o ciclo de chuvas e o acúmulo de água no território”, afirma Cyntia Santos, analista de Conservação do WWF-Brasil.

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