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Governo gastará o necessário para combater incêndios no Pantanal, diz Tebet

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o governo já previa um ano mais severo para o bioma

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

Governo gastará o necessário para combater incêndios no Pantanal, diz Tebet
Governo gastará o necessário Victoria Lacerda/R7 - 24/06/2024

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o governo fará os investimentos necessários para combater os focos de incêndio no Pantanal. A fala aconteceu nesta segunda-feira (24) após uma reunião na sala de crise sobre os incêndios. Ao todo, 19 ministérios estão envolvidos nas ações contra o desmatamento, incêndios e seca.

“Iremos gastar o necessário para combater os focos de incêndio. Sabemos que será um gasto infinitamente menor que o que está sendo gasto agora no Rio Grande do Sul, mas precisamos da conscientização da população sobre o que está acontecendo”, afirmou Simone Tebet.

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O mecanismo, criado há 10 dias, é coordenado pela Casa Civil e conta com a participação dos ministérios do Meio Ambiente, Integração, Defesa e Justiça. Além do Pantanal, o bioma Amazônico também está sendo monitorado.

A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o governo já previa um ano mais severo para o Pantanal. “Já sabíamos que este ano seria severo. Em abril, decretamos emergência e contratamos brigadistas. Temos 175 brigadistas do Ibama, 40 do Instituto Chico Mendes, tropas da Marinha e 250 pessoas operando no território, além do apoio dos estados. Teremos um adicional de 50 brigadistas do Ibama e também da Força Nacional”, explicou a ministra.


“Tivemos a segunda reunião da sala de situação sobre a estiagem na Amazônia e no Pantanal. Na Amazônia, isso implica esforços de logística e abastecimento, enquanto no Pantanal lidamos com incêndios. O Ministério do Meio Ambiente vem trabalhando desde outubro do ano passado e já estamos operando com plenas condições de ação. A sala de crise já está montada”, afirmou.

Estado de emergência

O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), decretou situação de emergência no estado devido aos municípios afetados por incêndio florestais. A medida foi adotada para garantir uma atuação mais rápida do estado nas regiões afetadas pelas chamas, como parques, áreas de proteção e preservação nacionais, estaduais ou municipais. O decreto foi publicado nesta segunda-feira (24) no Diário Oficial do Estado, com prazo de 180 dias.


Neste período, o governo fica autorizado a mobilizar todos os órgãos estaduais para atuarem sob a coordenação da Defesa Civil, em ações que envolvam resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução. Em caso de risco iminente do fogo, por exemplo, os socorristas poderão entrar nas casas para prestar socorro, determinar a evacuação e acessar propriedades particulares.

Com o decreto, o estado também fica dispensado de realizar licitações nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizada urgência, para não comprometer a continuidade dos trabalhos em relação a obras, aquisição de equipamentos e serviços.


A emergência foi decretada devido ao período de seca prolongada enfrentada no estado, com estiagem na maioria do território e aumento dos focos de calor. O estado também vem sofrendo com os impactos das queimadas para agropecuária pantaneira, com prejuízos expressivos nas perdas econômicos e na questão ambiental.

Atuação do estado

O Governo do Mato Grosso do Sul está com várias frentes de atuação para combater os incêndios florestais na região, principalmente nas áreas do Pantanal. Lá, as equipes fazem um trabalho coordenado e integrado pelo ar (com aeronaves e helicópteros) e no solo, com bombeiros, brigadistas e a cooperação dos pantaneiros, para chegar aos locais com foco de incêndio e realizar o combate.

O trabalho articulado usa tecnologia para identificar os focos de incêndio e direcionar as equipes para combater os incêndios. Todas as ações são coordenadas pelo SCI (Sistema de Comando de Incidentes), que organiza e passa as orientações para atuação no campo e pelas aeronaves. Além de imagens de satélite, drones são usados para identificar os pontos de incêndio.

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