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R7 Brasília

DF quer homenagear com prêmio pessoas ligadas à produção cultural

Prêmio de Mestres e Mestras do DF seguiria modelo desenvolvido pela Funarte, segundo secretário de Cultura

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília


Secretário de Cultura defende descentralização de eventos no DF Paulo H. Carvalho / Agência Brasília - Arquiv

O Distrito Federal articula a criação de um prêmio para homenagear as pessoas ligadas a produção cultural com projetos de destaque na capital do país. A iniciativa seguiria o modelo desenvolvido pela Funarte (Fundação Nacional de Artes) no Prêmio Mestras e Mestres das Artes. A informação foi dada em entrevista exclusiva realizada pelo R7 com o secretário de Cultura, Cláudio Abrantes.

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“A nossa ideia é premiar anualmente os grandes mestres e mestras da cultura do DF. Estamos elaborando esse prêmio para que ele seja implementado ainda este ano, pelo menos no aspecto orçamentário, deixando tudo preparado para o ano que vem. Ainda não foi decidido se será por FAC (Fundo de Apoio à Cultura) ou com recursos próprios, mas o objetivo é fazer uma grande festa para celebrar os nossos artistas, os fazedores de cultura da capital do país”, disse.

Abrantes também comentou sobre a expectativa da continuidade do Prêmio Candango de Literatura, que está em fase de seleção da OSC (Organização da Sociedade Civil) que será responsável pelo certame. O prêmio vai contemplar livros nas categorias Romance, Conto, Poesia, Prêmio Brasília (para autores e autoras moradores na capital), Melhor Projeto Gráfico e Melhor Projeto de Incentivo à Leitura. O investimento será de R$ 1,5 milhão.

Segundo o secretário, a pasta avalia se será possível fazer um acordo de três anos com a OSC selecionada no edital.


O que posso garantir é que os nossos prêmios caminham para até o fim da gestão ter definido uma continuidade, com expectativa de serem realizados anualmente

(Cláudio Abrantes, Secretário de Cultura)

A última edição do Prêmio Candango foi realizada em 2022, sem uma edição no ano passado.

“Esperamos que ele [Prêmio Candango] fique na rota dos grandes prêmios literários que temos no Brasil, como o prêmio São Paulo ou os prêmios da Biblioteca Nacional”, reforçou.


Cadastro nacional de escritores

Sobre o programa de valorização de escritores brasilienses e de incentivo à divulgação de obras literárias, definido em lei sancionada pelo governo do DF no começo do ano, Abrantes avalia que uma possibilidade é utilizar o CEAC (Cadastro de Entes e Agentes Culturais) para agilizar o processo de cadastro.

“A gente tem muita tranquilidade que ele [CEAC] pode suprir essa necessidade enquanto a gente não tem um cadastro único, uma plataforma específica para o cadastro de escritores”, disse.


Ainda dentro do cenário literário, Abrantes disse que o público da Biblioteca Nacional de Brasília dobrou no último ano com as melhorias no espaço infantil, aulões, arena gamer e programação diversificada, como o voltado para o público 60+ que pretende prestar o vestibular da terceira idade da UnB (Universidade de Brasília)

Também estamos com investimento de R$ 1 milhão para compra de acervo para as bibliotecas públicas do DF e para o Mala do Livro, ainda em processo de aquisição. Outra ação é a assinatura de um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Cultura por 30 anos para garantir a modernização das bibliotecas públicas do DF e a troca de experiências com outros estados

(Cláudio Abrantes, Secretário de Cultura)

Dentro da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura), a pasta pretende executar no segundo semestre deste ano R$ 36 milhões de recursos. Abrantes também quer adiantar o lançamento do edital para o Carnaval de 2025 ainda neste segundo semestre do ano.

Um ano de gestão

O titular da Secretaria de Cultura fez um balanço ao R7 das ações realizadas em um ano de gestão à frente da pasta. “A gente buscou instrumentos de gestão que facilitassem o investimento de recursos de maneira bem pensada, para retirar aquela noção de que se gasta com cultura. A cultura talvez seja uma das pastas do governo que mais rapidamente tem retorno: a cada R$ 1 aplicado, retorna quase R$ 4 aos cofres públicos. Sem falar dos outros atributos do investimento em cultura, como uma sociedade mais crítica e mais cultural”, disse.

Um grande orgulho da pasta, segundo Abrantes, é o sucesso do Cine Brasília, que agora conta com gestão compartilhada e que recebeu investimento de R$ 6 milhões. “Temos agora nesse mês de férias, por exemplo, o filme ‘Divertidamente 2′, e isso em um valor acessível de R$ 10 a entrada para todos os usuários”, detalhou.

O secretário também adiantou que neste ano é esperado lançar um novo edital FAC exclusivo para o audiovisual no valor de R$ 40 milhões.

Temos um acordo com a Secretaria de Economia que podemos chegar este ano a R$ 20 milhões na Lei de Incentivo à Cultura e nossa expectativa é cada vez mais ir aumentando esse incentivo

(Cláudio Abrantes, Secretário de Cultura)

Cultura descentralizada

O secretário de Cultura reforçou as ações realizadas pela pasta que descentralizaram o acesso à cultura na capital do país, como os eventos de Natal e Ano Novo em 2023, no aniversário de 64 anos de Brasília e o circuito de festas juninas. “O nosso objetivo é cada vez mais descentralizar a cultura, levar os eventos culturais para mais regiões do DF, garantir que todos tenham acesso, valorizando os aspectos de cada região, o que cada local tem a oferecer”, reforçou.

Abrantes também citou projetos que a pasta pretende expandir. “Temos uma parceria muito boa com a Secretaria de Educação em que trazemos alunos das escolas públicas para visitar os nossos museus e espaços de Brasília, para que as crianças conheçam a beleza da capital do país que é um museu a céu aberto”, disse. O titular da pasta também citou o “Escola vai ao Cinema”.

Queremos garantir essa democratização do audiovisual. Democratizar os equipamentos públicos para garantir esse vínculo descentralizado com todos os moradores. E esse reforço da parceria Educação e Cultura é sempre bem-vindo. Nesse aspecto, também pretendemos ampliar as nossas parcerias com organizações da sociedade civil, para levar a cultura mais longe

(Cláudio Abrantes, Secretário de Cultura)

Reconhecimento

Outra iniciativa da Secretaria de Cultura é a medida para que a Faixa de Pedestre seja considerada um patrimônio imaterial de Brasília. “Nesta semana (19 de julho) teremos reunião extraordinária do Condepac para votar o relatório. A faixa de pedestre, com essa medida, se torna um modelo de educação patrimonial. É algo para o mundo porque o brasiliense se reconhece na faixa de pedestre”, finalizou.

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